S�o Paulo - Chefe da for�a-tarefa do Minist�rio Publico na opera��o Lava-Jato, o procurador Deltan Dallagnol explicou nesta quinta-feira, em entrevista ao canal GloboNews, a amplia��o das investiga��es, que inicialmente n�o eram t�o abrangentes. Dallagnol disse que "corrup��o � um crime muito dif�cil de ser provado" e que a apura��o da Lava-Jato abriu uma "janela de oportunidade" que n�o podia ser perdida.
O chefe da for�a-tarefa chamou de "furada" a tese da defesa das empreiteiras de que havia extors�o de agentes p�blicos sobre as empresas. Para ele, o esquema se manteve por muitos anos porque era lucrativo para todas as partes.
Dallagnol cobrou o endurecimento das penas para corrup��o no Brasil e chamou a puni��o atual de "piada de mau gosto". Para ele, o par�metro para puni��o de corrup��o deve ser as penas de homic�dio. "Quem rouba milh�es, mata milh�es", afirmou.
O procurador demonstrou temer que a puni��o aplicada �s grandes empresas seja branda demais e passe ideia de impunidade. Antes de terminar a entrevista � jornalista Miriam Leit�o, o procurador demonstrou otimismo com o avan�o do combate � corrup��o no Brasil.
"A hora � agora. Existe uma luz, mas temos que fazer nossa parte. Se queremos transformar o Pa�s, o legado da Lava Jato deve ser as mudan�as que o minist�rio publico prop�s", disse, defendendo o pacote anticorrup��o lan�ado pelo MP na semana passada.