(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Lobista que pagou Dirceu tamb�m contratou Renato Duque


postado em 27/03/2015 17:07

S�o Paulo, 27 - A Pol�cia Federal encontrou na resid�ncia do ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque - indicado do PT ao cargo - contrato de sua empresa de consultoria, a D3TM Consultoria e Participa��o, com a Jamp Engenheiros Associados, de 2013, no valor de R$ 1,2 milh�o. A Jamp pertence ao operador de propinas Milton Pascowitch, que atuava em nome da Engevix Engenharia no esquema de cartel e corrup��o na estatal desbaratado pela Opera��o Lava Jato. Engevix e Jamp pagaram R$ 2,6 milh�es ao ex-ministro Jos� Dirceu - tamb�m por servi�os de consultoria, entre 2008 e 2012.

A pr�pria Engevix, tamb�m contratou os servi�os de consultoria do ex-diretor de Servi�os em 2014, segundo comprovam contratos e notas apreendidas nas buscas feitas pela PF..

Duque est� preso desde o dia xx, depois que foi deflagrada a Opera��o Que Pa�s � Esse - d�cima fase da Lava Jato. Nesta semana, ela foi transferido junto com outros 11 detidos da Cust�dia da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, em Curitiba, para um pres�dio do sistema estadual paranaense.

Pelo menos 11 notas fiscais apreendidas mostram pagamentos mensais da Jamp de R$ 100 mil para a D3TM entre maio de 2013 e abril de 2014, quando Duque comunicou que n�o poderia mais cumprir seu contrato. O documento de encerramento da parceria foi encontrado tamb�m.

Al�m da Jamp, a D3TM foi contratada tamb�m por outras empreiteiras do cartel acusado de cartel e corrup��o na Petrobras, com a UTC, a OAS e a Iesa.

O ex-diretor de Servi�o - principal alvo da Lava Jato no esquema de corrup��o da estatal - era indicado do PT e ocupou o cargo entre 2003 e 2011. Ele nega qualquer irregularidade envolvendo os contratos da estatal. Preso pela primeira vez em 14 de novembro, foi solto dias depois por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF).

Flagrado no m�s passado transferindo 20 milh�es de euros de contas da Su��a para o Principado de M�naco, ele foi preso e teve sua fortuna congelada pelas autoridades.

Liga��o

Foram encontrados tamb�m contratos e notas que provam que a Jamp emprestou R$ 730 mil, em 2012, para a empresa que construiu o pr�dio, no Rio, onde Duque passou a ser propriet�rio de tr�s unidades, pelo valor de R$ 2 milh�es.

Documento de setembro de 2012 mostra que pelo acerto entre Duque e a Malta Incorporadora, previa que o ex-diretor pagaria diretamente para a Jamp valores referentes aos R$ 730 mil que estavam pendentes referentes a um empr�stimo feito entre da empresa de Pascowitch para a incorporadora.

A liga��o direta entre a Jamp e a empresa de consultoria de Duque e o neg�cio suspeito envolvendo a compra dos apartamentos em 2012, levaram os investigadores da Lava Jato aprofundar as investiga��es sobre o uso de consultorias para desvios de recursos.

Dirceu

A Jamp � a mesma empresa que pagou a JD Assessoria e Consultoria Ltda., do ex-ministro Jos� Dirceu, em 2011 e 2012. O ex-ministro alegou que foi por servi�os de consultoria internacional prestados para a construtora Engevix Engenharia, em Cuba e no Peru.

Para os investigadores da Lava Jato, a Jamp era uma empresa de fachada de Pascowitch usada para esquentar o dinheiro da propina. N�o h� aparente rela��o justific�vel para a rela��o comercial formal entre as partes, acreditam os procuradores.

O que refor�a a suspeita � o depoimento de um dos s�cios da Engevix, G�rson de Mello Almada - preso desde o dia 14 de novembro de 2014 na Justi�a Federal, na �ltima quarta-feira, 18. O vice-presidente da empreiteira confessou ter pago por servi�os de "lobby" o operador de propina, como forma de garantir seus contratos na Petrobras.

Pascowitch seria um abridor de portas na estatal, gra�as aos seus contatos com membros do PT, entre eles o tesoureiro do partido Jo�o Vaccari Neto.

O que chamou a aten��o dos investigadores foi que Almada admitiu ter contrato as consultorias internacionais da JD, para abrir mercado em Cuba e no Peru, mas diz desconhecer a rela��o comercial entre Jamp e a empresa do ex-ministro - conforme justificou Dirceu em nota oficial � imprensa, um dia depois.

A JD nega qualquer irregularidade e diz que os contratos foram legais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)