S�o Paulo, 30 - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, fez nesta segunda-feira, 30, um duro discurso em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff. Disse que o Pa�s n�o est� passando por uma crise econ�mica, mas, sim, por uma crise pol�tica decorrente das camadas dominantes da sociedade, que "mant�m a mesma sanha udenista" que causou a morte do ex-presidente Get�lio Vargas e a deposi��o do ex-presidente Jo�o Goulart.
"Eles querem agora derrubar esse governo, porque n�o se conformam que tenhamos governos pol�tico e ideol�gicos comprometidos com os trabalhadores", afirmou durante discurso em reuni�o com trabalhadores no Sindicato dos Metal�rgicos de Osasco e Regi�o. O ministro reconheceu que o governo perdeu "a batalha da comunica��o", mas atribuiu a derrota ao fato de a classe dominante controlar os meios de comunica��o.
Dias afirmou que a classe dominante est� querendo "a�ambarcar a Petrobras novamente". Ele destacou, contudo, que a petrol�fera � a quarta maior empresa do mundo, batendo recordes de produ��o de petr�leo a cada ano, e ser� a "grande indutora do resgate da popula��o brasileira". "Ela � muito maior do que essas poss�veis crises que podemos estar vivendo", afirmou.
Para o ministro, "o Brasil n�o est� t�o mal assim como dizem". Ele lembrou que o Pa�s � a s�tima maior economia mundial, tem US$ 370 bilh�es em reservas internacionais e "investir� neste ano, mesmo com a crise, R$ 1,5 trilh�o". "Imagine os interesses por tr�s disso, querendo pegar essa mamada", afirmou. Segundo ele, "muitos dos que se arrolam democr�ticos est�o atr�s de uma luta hist�rica contra a liberdade". "Ricos n�o precisam de democracia", disse.
O ministro do Trabalho convocou os trabalhadores a ficarem "atentos" a essas tentativas de desestabilizar o governo. Na avalia��o dele, a aliena��o pol�tica fez com que a classe trabalhadora perdesse 45% da sua representa��o no Congresso Nacional nas elei��es de 2014. "O trabalhador votou errado, porque n�o tinha consci�ncia pol�tica e ideol�gica de que cada um tem o seu lado", afirmou.
Ajuste fiscal
Manoel Dias tamb�m saiu em defesa do ajuste fiscal. Destacou que o governo tem de aumentar a arrecada��o, para dar "continuidade" �s pol�ticas p�blicas em prol dos trabalhadores. Sem citar pol�ticas espec�ficas, o ministro destacou que elas ser�o "alvo" de melhoras, com as cr�ticas e debates que est�o sendo realizados. Segundo ele, a prioridade do minist�rio ser� melhorar o emprego e a qualifica��o profissional.