
Em depoimento � CPI da Petrobr�s, o ex-gerente geral de Implementa��o de Empreendimentos para a Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo Legatti, declarou nesta ter�a-feira, 31, que n�o recebeu "nenhum centavo" do empres�rio Shinko Nakandakari. Legatti disse que preferiu n�o tomar nenhuma a��o direta contra o delator da Opera��o Lava Jato e que prefere fazer os esclarecimentos diretamente ao juiz S�rgio Moro.
"N�o tomei nenhuma a��o mais direta tendo em vista que qualquer a��o para contestar essa fala n�o seria conveniente neste momento. Logo depois que ele fez a dela��o e a declara��o l� em Curitiba, entramos com uma peti��o para que eu, de viva-voz, v� l� para esclarecer ao juiz S�rgio Moro que n�o recebi dinheiro do senhor Shinko Nakandakari", respondeu.
Legatti, que conduziu as obras na refinaria entre 2008 e 2014, admitiu ter rela��o de amizade com Nakandakari, mas que ele n�o falava em nome da empreiteira Galv�o Engenharia. Ele disse que ficou "surpreso" ao saber que Nakandakari era operador de "outras pessoas" no esquema de corrup��o na Petrobras.
O engenheiro Shinko Nakandakari afirmou � for�a tarefa do Minist�rio P�blico Federal que ofereceu "na cara e na coragem" propina para o gerente geral da Refinaria do Nordeste (RNEST) Glauco Colep�colo Legatti. Segundo Nakandakari, na Petrobras "era muito dif�cil aprovar aditivo (aos contratos)".
"Glauco n�o facilitava nada. Para que esse aditivo fosse aprovado � que era pago o valor para Glauco."
Ao todo, segundo o delator, foram repassados R$ 400 mil para Legatti, valor pago "em parcelas". O primeiro pagamento foi em junho de 2013. "A princ�pio a rea��o de Glauco n�o foi natural, em nenhum momento eu tinha tido esse tipo de relacionamento com ele", disse Nakandakari.
O ex-gerente tamb�m negou que a obra tenha sofrido superfaturamento. De acordo com ele, mudan�as de adequa��o e o c�mbio interferiram no valor final da refinaria.
"N�o tem um centavo pago que n�o tenha servi�o em contrapartida", afirmou. Ele ressaltou que todos os contratos pagos estavam dentro da margem de pre�o proposta pela Petrobr�s. "N�o tem superfaturamento na obra, de maneira alguma", repetiu.