Padilha resiste a assumir articula��o pol�tica, dizem l�deres do PMDB

Bras�lia - Escolhido pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a Secretaria de Rela��es Institucionais, o ministro Eliseu Padilha (Avia��o Civil) demonstra, at� o momento, resist�ncia para mudar de pasta. Essa postura foi relatada � reportagem por tr�s integrantes da c�pula do partido que acompanharam reuni�es realizadas na noite desta segunda-feira, 6, em Bras�lia, ap�s o aceno de Dilma. Os encontros para discutir o tema entraram pela madrugada.

Logo no primeiro, no in�cio da noite, no gabinete do vice-presidente da Rep�blica e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, Padilha teria hesitado sobre o convite e ressaltado que est� "contente" na atual pasta. Ele tamb�m integra o chamado n�cleo pol�tico estendido, criado por Dilma para acomodar a legenda, o PSD e o PC do B nas discuss�es de propostas do governo. Dentro do PMDB, prepondera ainda o sentimento de que o modelo adotado por Dilma na SRI n�o � o ideal. Peemedebistas alegam que o ministro da pasta n�o tem nenhuma autonomia para tomar decis�es e em raz�o disso � constantemente alvo de ataques dos "aliados".

Diante desse cen�rio, segundo relatos de integrantes do partido, no encontro no gabinete de Temer, o ministro Eliseu Padilha chegou at� a comparar a SRI a um "cemit�rio de pol�ticos". Apesar da resist�ncia dele, as conversas entre os integrantes da c�pula do PMDB permanecem nesta ter�a.

A expectativa � que o Pal�cio do Planalto fa�a algum aceno no sentido de ampliar o poder de articula��o da SRI. Esse aceno passaria por um gesto da Casa Civil, comandada pelo ministro Aloizio Mercadante, que migraria algumas atribui��es concentradas no minist�rio para a SRI. Essa possibilidade tamb�m atenderia a alguns setores do PT ligados ao ex-presidente Lula, que defendem que Mercadante deve ficar ajudando o governo apenas nas quest�es t�cnicas e se afastar da articula��o pol�tica.

Dentro das negocia��es da ida de Eliseu Padilha para a SRI tamb�m est� a busca por uma cadeira na Esplanada para o ex-presidente da C�mara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Caso Padilha aceite ir para a articula��o, abre-se a vaga na Avia��o Civil. Henrique Alves insiste, no entanto, em ir para o minist�rio do Turismo, que por sua vez est� ocupado por Vinicius Lages, apadrinhado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan tamb�m se reuniu com integrantes do PMDB na noite de ontem. Ele tem dito �s pessoas pr�ximas que n�o v� problemas em Henrique Alves ocupar o Turismo e que a resist�ncia ao nome do ex-deputado para ocupar um cargo na Esplanada est� em Dilma e n�o nele.