Ex-deputado Pedro Corr�a descarta colabora��o com investiga��es da Lava-Jato

O advogado Michel Saliba informou nesse domingo, por meio de nota, que a defesa do ex-deputado Pedro Corr�a (PP-PE), que teve na sexta-feira ordem de pris�o decretada no �mbito da Opera��o Lava-Jato, s� vai se pronunciar oficialmente sobre o caso ap�s a an�lise dos autos, negando tamb�m o desejo de Corr�a em participar da colabora��o premiada. No s�bado, o advogado Cl�vis Corr�a Filho sugeriu que o primo, Pedro Corr�a, colaborasse com a Justi�a e fizesse a dela��o como outros r�us da opera��o, que investiga desvio de verbas da Petrobras e agora da Caixa e Minist�rio da Sa�de. Segundo a nota enviada pela assessoria de imprensa do escrit�rio Saliba Oliveira & Advogados Associados, de propriedade de Michel Saliba, a sugest�o de Cl�vis Corr�a n�o reflete o pensamento do primo condenado, “quer em rela��o � robustez das provas” e, “principalmente, em rela��o � poss�vel pr�tica de dela��o premiada, algo sequer cogitado pelo ex-parlamentar, que afirma ter agido nos limites legais”.

“Ele tem 67 anos de idade, � diab�tico, tem press�o alta. O caminho que ele tem � o de colaborar com a Justi�a”, disse Cl�vis. “Vai passar a Rep�blica a limpo, se ele contar tudinho”, completou. Pedro Corr�a foi condenado em 2012 no processo do mensal�o. Nas investiga��es da Lava Jato, � suspeito de recebido valores il�citos do doleiro Alberto Yousseff, um dos principais operadores do esquema de desvios na Petrobras, mesmo quando estava sob julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-deputado Pedro Corr�a deixou o Centro de Ressocializa��o do Agreste (CRA), em Canhotinho (PE) por volta das 14h30 desse domingo. Ele saiu em uma van escoltado por policiais do Grupo de Opera��es de Seguran�a da Seres (GOS), que estava escoltado por outro ve�culo do Sistema Penitenci�rio do estado. Atualmente, o ex-deputado cumpre pena em regime semiaberto por condena��o no processo do mensal�o. Corr�a foi levado para o Centro de Observa��o e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na regi�o metropolitana. L�, o pol�tico passou a noite para embarcar hoje junto com agentes da Pol�cia Federal para Curitiba (PR).


Autoriza��o

O ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transfer�ncia do ex-parlamentar, que foi apontado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa como benefici�rio de propina no valor de R$ 5,3 milh�es, do esquema de corrup��o na Petrobras. O pedido de transfer�ncia foi encaminhado ao ministro Barroso, porque ele � o respons�vel pelas execu��es penais do presos no processo do mensal�o. No mandado de pris�o preventiva – cujo prazo � indefinido e visa prevenir a ocorr�ncia de novos crimes – o juiz Sergio Moro, respons�vel pelos processos relacionados � Opera��o Lava Jato no Paran�, autorizou o uso de algemas caso os policiais considerem necess�rio. Corr�a foi condenado a sete anos e dois meses de pris�o por recebido dinheiro em troca de apoio pol�tico no Congresso ao governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.