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Estado de Minas

PP reconduz Ciro Nogueira � presid�ncia do partido


postado em 14/04/2015 13:07 / atualizado em 14/04/2015 13:18

Bras�lia - Partido com maior n�mero de envolvidos na Opera��o Lava Jato, o PP decidiu na manh� desta ter�a-feira, 14, reconduzir o senador Ciro Nogueira (PI) � presid�ncia nacional da legenda. Nogueira � um dos 30 progressistas investigados por suposto esquema de arrecada��o de propinas oriundas de contratos firmados entre empreiteiras e a Petrobras. Ao todo, s�o investigados tr�s de seus cinco senadores (60%), 18 dos 40 deputados do partido (45%), oito ex-deputados e o vice-governador da Bahia, Jo�o Le�o. O partido aprovou ainda o afastamento das fun��es partid�rias de quem for condenado por participa��o no esquema.

"A resposta que tenho que dar � trabalhar. Estou confiante nas palavras do pr�prio procurador (procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot) de que vai pagar quem for culpado, e do ministro Teori (Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal), de que quem � investigado n�o � culpado", afirmou Nogueira, que precisou aprovar uma altera��o no estatuto do partido para permitir sua reelei��o.

A recondu��o de Nogueira foi alvo de cr�ticas de progressistas como Paulo Maluf (SP), que em entrevista ao Estad�o em mar�o disse que o presidente reeleito havia perdido "condi��es morais" para conduzir o partido.

Progressistas do Sul ensaiaram lan�ar a candidatura da senadora Ana Am�lia (RS), que n�o tem envolvimento na Lava Jato, � presid�ncia do partido, mas calcularam que teriam apenas cerca de dez votos. Para marcar posi��o, apresentaram mo��o pedindo o afastamento das fun��es partid�rias de quem venha a ser denunciado por envolvimento no esquema de corrup��o. Ao final, foi aprovada proposta do deputado Ricardo Barros (PR), que determina o afastamento apenas em caso de condena��o.

"Estamos com nossa imagem sofrendo um enorme desgaste. Precisamos buscar juntos reconstruir essa imagem. Precisamos fazer a nossa parte, dar uma resposta � sociedade, �queles que v�o �s ruas combater a corrup��o e pedir �tica na pol�tica", afirmou o presidente do PP-RS, Celso Bernardi, autor da primeira proposta, que foi descartada. "Esta proposta �, antes de tudo, um refor�o para preservar o patrim�nio da institui��o partid�ria". O ex-deputado disse que o PP est� envolvido em todos os �ltimos grandes esquemas de corrup��o, citando Mensal�o, Lava Jato e Zelotes. "O partido n�o pode ter compromisso com erros individuais, nem ser guardi�o com desvios de conduta e mal feitos", afirmou.

A proposta inicial contou com apoio do deputado Esperidi�o Amin (SC). "Nossos companheiros n�o s�o protagonistas neste caso. Nosso partido � v�tima. V�tima de um mecanismo que alcan�ou nosso partido. Esconder isso � como imitar avestruz que esconde sua cabe�a esperando que ningu�m vai perceb�-lo", afirmou. "N�o estou querendo agradar. Estou querendo mostrar que h� um caminho de dignidade mesmo na turbul�ncia", afirmou Amin.

Investigado na Lava Jato, o deputado e ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PB) foi contr�rio � proposta. "Se um deputado n�o serve para exercer cargo no partido, tamb�m n�o serve para estar no Congresso Nacional representando o povo", afirmou. "N�o vamos fazer proselitismo pol�tico para fazer injusti�a com quem quer que seja", disse.

O envolvimento do PP com o esquema de corrup��o dominou os discursos durante a manh�. "Talvez estejamos atravessando o momento mais dif�cil do nosso partido", afirmou o deputado investigado Eduardo da Fonte (PE), l�der da bancada do partido na C�mara. Famoso ao dizer que estava "cagando e andando na cabe�a desses cornos" ao repercutir a inclus�o de seu nome na lista de investigados, o vice-governador da Bahia, Jo�o Le�o, disse confiar em seus pares. "N�o vamos querer esconder absolutamente nada. Temos certeza que a maioria absoluta deste partido olha as pessoas no olho e diz 'eu sou progressista, eu sou do Partido Progressista'. Tenho confian�a em todos os senhores", afirmou.

Alguns progressistas declararam apoio a Ciro Nogueira. "Esta crise paira n�o s� sobre nosso partido. Essa crise � nacional", afirmou o deputado Waldir Maranh�o (MA), 1º Vice-Presidente da C�mara dos Deputados. Segundo Maranh�o, apesar dos "desencontros e desencantos", "mais do que juntos, estamos unidos". "Reintegra-se o meu integral apoio � sua presid�ncia", disse Francisco Dornelles, presidente do PP-RJ que comandava o partido em 2010, ano em que, segundo as dela��es premiadas, foram recebidas doa��es ilegais.

Propostas

Durante a reuni�o, os progressistas tamb�m aprovaram a defesa de temas como redu��o da maioridade penal, redu��o carga tribut�ria, fim das coliga��es proporcionais, aumento da pena para crimes de corrup��o, garantia do direito dos trabalhadores, medidas para volta do crescimento econ�mico, pacto federativo e fim de reelei��o para cargos do Executivo.


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