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Estado de Minas

Para delegados, governo interfere nas opera��es da PF


postado em 14/04/2015 15:49 / atualizado em 14/04/2015 15:52

A Associa��o Nacional dos Delegados de Pol�cia Federal (ADPF) criticou nesta ter�a-feira a "interfer�ncia" do governo no dia a dia das investiga��es. Em evento p�blico, o presidente da entidade, Marcos Le�ncio, citou como exemplo decreto da presidente Dilma Rousseff, de mar�o de 2012, que tira da PF autonomia para autorizar opera��es de m�dio e grande portes pelo Pa�s. Al�m disso, afirma ele, a norma pode facilitar o vazamento das a��es.

Le�ncio tamb�m mencionou o fato de o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, falar pela PF. Para ele, isso d� margem a suspeitas, como quando o petista atendeu advogados da Odebrecht, empreiteira investigada na Lava Jato, ou quando telefonou para o ent�o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), alvo de uma opera��o, para saber como foi o tratamento que a PF lhe dispensou.

"Por que n�o � o diretor da PF que vai a p�blico falar das a��es da PF?", questionou Le�ncio. "Se n�o houve relato de excessos, abusos, por que perguntar se os meninos (policiais) foram bem?", prosseguiu.

Decreto

A principal cr�tica, contido, foi sobre a norma fixada por Dilma. O decreto diz que a concess�o de di�rias e passagens deve ser autorizada por ministros de Estado em caso de viagens de mais de dez servidores ou dura��o superior a dez dias. Tamb�m � necess�rio o aval em deslocamentos ao exterior ou quando o funcion�rio fica mais de 40 dias fora de seu local de domic�lio.

No caso da PF, a exig�ncia faz com que as opera��es, que quase sempre envolvem viagens, tenham de ser previamente autorizadas por Cardozo. "N�o � poss�vel que a PF tenta de se submeter a controles do Minist�rio da Justi�a", protestou o presidente da ADPF. "De fato, quando eu sei que h� um movimento de servidores, eu sei o destino e quais s�o os estados envolvidos (na opera��o). Por que n�o pode ser estabelecido um valor e a pr�pria PF autoriza?", questionou.

As cr�ticas foram feitas em evento no qual os delegados da PF lan�aram propostas de combate � corrup��o, com a presen�a do delegado M�rcio Anselmo, respons�vel pela Opera��o Lava Jato. "Estamos falando de um �rg�o policial onde o delegado Anselmo n�o pode escolher quando deflagrar uma opera��o, quando viajar", reclamou.

Anselmo disse que a burocracia para autorizar opera��es, por ora, n�o prejudicou a Lava Jato. Para ele, no entanto, a situa��o pode comprometer o sigilo. "Quanto mais gente tiver conhecimento, maior � o risco de vazamento", afirmou.

Segundo Anselmo, o segredo em torno das a��es da PF � t�o importante que, na primeira fase da Lava Jato, em mar�o do ano passado, um grupo de policiais n�o sabia o que outro grupo estava fazendo.


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