Brasilia, 14 - O PMDB manobrou nesta ter�a-feira, 14, na CPI da Petrobras para que a oitiva de Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do partido no esquema de corrup��o na estatal em investiga��o na Opera��o Lava Jato, seja ouvido em uma sess�o fechada em Curitiba, onde est� preso.
O formato difere do ocorrido com o ex-diretor de Engenharia e Servi�os da Petrobras, Renato Duque, que estava preso mas foi ouvido em sess�o aberta na CPI. Isso depois de o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter aberto uma exce��o para em um ato da Mesa Diretora da C�mara que pro�be a oitiva de presos nas depend�ncias da Casa. A regra foi suspensa por um dia por Cunha para que Duque prestasse depoimento. Na ocasi�o, a alega��o foi que quando a convoca��o foi aprovada, o ex-diretor ainda estava solto. Havia expectativa de que no seu depoimento ele prejudicasse o PT, o que acabou n�o ocorrendo.
Hoje, petistas pressionaram primeiro para que Baiano fosse ouvido tamb�m em Bras�lia, o que foi rejeitado. "N�o podemos suspender o Ato da Mesa para ouvir um detento e n�o fazer o mesmo em rela��o a outro. S�o dois pesos e duas medidas", disse o deputado Valmir Prascidelli (PT-SP).
Pressionado, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), disse que pediria a Cunha que abrisse mais uma vez a exce��o. Mas n�o deu garantias de que isso aconteceria. "Irei insistir com o presidente, mas n�o posso ser ref�m desse ato", justificou Motta. O peemedebista deixou a sess�o dizendo n�o ter certeza se ser� poss�vel abrir os depoimentos em Curitiba para o acompanhamento dos jornalistas. Petistas ent�o come�aram a pressionar para que a sess�o fosse aberta � imprensa, o que ficou indefinido.