S�o Paulo, Curitiba e Bras�lia - Preso pela Pol�cia Federal na manh� deste quarta-feira em sua resid�ncia em S�o Paulo, o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, � foco de sete frentes de investiga��o pela for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato. As apura��es envolvem o recebimento de propina em obras de refinarias e unidades petroqu�micas, em contratos do setor naval para o pr�-sal, em neg�cios com recursos do fundo de pens�o dos trabalhadores da Petrobras (Petros) e por enriquecimento il�cito.
Denunciado criminalmente como o operador de propina do PT no esquema de cartel e corrup��o na Petrobras, o tesoureiro nacional do partido j� havia sido conduzido coercitivamente a depor, no dia 5 de fevereiro. Desta vez, a mulher dele Giselda Rosie de Lima foi conduzida coercitivamente a depor.
Uma das frentes envolve um suposto pagamento de R$ 400 mil, depositado em 2008 na conta da mulher de Vaccari por empresa usada pelo ex-deputado federal Jos� Janene (PP-PR) - estopim da Lava Jato.
Em um pen drive aprendido nas buscas da Lava-Jato, a PF localizou o contrato de empr�stimo datado de 10 de novembro de 2008 e assinado pela mulher de Vaccari e pela empresa CRA - Com�rcio de Produtos Agropecu�rios Ltda., bem como o recibo de quita��o de 2009.
A CRA estava registrada em nome do advogado Carlos Alberto Costa, preso em 2014 pela Lava Jato acusado de ser laranja do doleiro Alberto Youssef.
R�u confesso da Lava-Jato, Costa revelou que a CRA pertencia a Cl�udio Mente e foi usada para movimentar propina das empreiteiras acusadas de corrup��o na Petrobras por Janene e empreiteiras do cartel.
Nos documentos da Lava Jato, est� a transfer�ncia dos R$ 400 mil para a conta de Giselda no dia 19 de novembro de 2008. O advogado de Youssef afirmou em depoimento que foi ele quem elaborou o contrato de m�tuo entre a CRA e a mulher de Vaccari.
"Visava justificar a transfer�ncia a Giselda Rousie de Lima. A CRA nunca emprestou dinheiro a ningu�m", declarou Costa em depoimento prestado � PF no dia 13 de fevereiro.
No termo, o laranja de Youssef e Mente declarou ter "certeza de que tanto o contrato de m�tuo como o termo de quita��o foram feitos na mesma data, como era de praxe, considerando que esse tipo de documento era usado para ‘esquentar’ alguma transa��o financeira".
Costa declarou ainda que Vaccari tinha "neg�cios" com o ex-s�cio de Janene "ligados a fundos de previd�ncia". "Claudio (s�cio de Janene) mencionava a influ�ncia de Vaccari junto a fundos de pens�o de estatais", disse � PF.