Os esfor�os de algumas bancadas defendendo o adiamento da vota��o do projeto de lei da terceiriza��o n�o convenceram o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele negou os pedidos nesse sentido e garantiu que todos os destaques ao projeto ser�o conclu�dos na tarde desta quarta-feira. “N�o � adiando para outra semana que vamos resolver. N�o tenho compromisso ou interesse em qualquer dos resultados. Tenho interesse em que votemos, que enfrentemos o tema e o encaminhemos ao Senado”, informou.
Cunha queria que o texto fosse esgotado ontem (14), mas a vota��o de um dos destaques acabou gerando confus�o em plen�rio. “Concordei com o adiamento por causa da confus�o. Acho que 90% votaram sem saber o que estavam votando. H� uma confus�o muito grande quando apresentam um destaque supressivo. Quando votamos sim, parece que estamos votando com a supress�o, mas � justamente o contr�rio”, explicou.
Eduardo Cunha antecipou que, nas pr�ximas semanas, pautar� outro texto que trata especificamente da situa��o da administra��o p�blica. A inten��o � evitar que essas esferas fiquem com um v�cuo jur�dico em rela��o a esse tipo de contrata��o. A manifesta��o do presidente da Casa acabou com os esfor�os da base governista na C�mara. No fim da manh� de hoje, o l�der da base aliada, deputado Jos� Guimar�es, tentou convencer Cunha a adiar a vota��o. Mesmo ap�s a negativa, o parlamentar ainda apostou na conversa entre o presidente e l�deres da oposi��o, que concordavam com o adiamento.
“Numa hora como esta, o bom senso indica o caminho da negocia��o e do di�logo. Ele [Cunha] quer votar, porque acredita que o texto est� maduro. Em nome do governo, propus uma sa�da”, afirmou. Guimar�es lembrou a aprova��o do destaque tucano, o que, segundo ele, sinaliza mudan�a de posi��es das bancadas. “Ontem, foi um exemplo que n�o � a terra do tudo ou nada. Quando se parte para esse caminho, d� zero a zero e prejudicamos a economia do pa�s, os trabalhadores e empres�rios. Porque n�o construir um texto de consenso entre trabalhadores e empres�rios? N�o pode ser uma lei para atender s� um lado”, acrescentou.