CUT diz que parlamentares "come�aram a amarelar" sobre terceiriza��o

S�o Paulo, 15 - O presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, disse nesta quarta-feira, 15, que as movimenta��es recentes no Congresso Nacional mostram que os parlamentares d�o sinais de que v�o recuar na tramita��o do projeto de lei 4330, que regulamenta a terceiriza��o. "Eles come�aram a amarelar", disse Freitas. "Estamos com paralisa��es aqui em S�o Paulo, na Bahia, em Pernambuco e eles sabem que podemos fazer muito mais", disse ao chegar � manifesta��o organizada pela CUT e outras centrais em frente ao pr�dio da FIESP, na Avenida Paulista, em S�o Paulo.

Hoje a C�mara limitou o texto do PL, impedindo a terceiriza��o de atividades-fim (grande ponto de disc�rdia) em empresas estatais ou de capital misto, como Banco do Brasil e Caixa Econ�mica Federal.

Algumas centenas de manifestantes se concentram na cal�ada. H� dois caminh�es de som estacionados. Um grupo chegou gritando palavras de ordem, como "trabalhador em uni�o, diga n�o � terceiriza��o".

H� cartazes contra o deputado Paulinho, do Solidariedade. Manifestantes ligados � Central �nica dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) acusam o parlamentar de ter come�ado a carreira pol�tica ao lado dos trabalhadores e de hoje virar-lhes as costas. "Ele foi um dos principais mentores e articuladores no Congresso pela aprova��o do projeto. Uma pena, mas a m�scara vai caindo. Ele deve ter tido dinheiro dos patr�es na campanha e eles est�o agora mandando a fatura", disse � reportagem Marcelo Toledo, militante da CTB que carregava uma das placas com dizeres "Paulinho: solidariedade s� se for aos patr�es" e a foto do deputado.

Os sindicalistas acusam o projeto de beneficiar patr�es, precarizar condi��es de trabalho e de tentar enfraquecer os sindicatos.

Militantes da CTB consultados pela reportagem disseram receber uma ajuda de custo de R$25 a R$30 para estarem na manifesta��o. J� os militantes da CUT disseram n�o ter recebido qualquer ajuda financeira.

Os militantes pretendem ficar na Paulista at� a noite, quando uma manifesta��o organizada pelo MTST deve ir ao encontro deles e engrossar o protesto contra o PL 4330 e contra pautas "conservadoras" como a redu��o da maioridade penal. O MTST espera reunir 30 mil pessoas na manifesta��o de que, que vai sair no fim da tarde do Largo da Batata, na zona oeste, em caminhada at� a Paulista.