Para ministro do STF, diverg�ncia entre PF e PGR na Lava Jato 'prejudica verdade'

Bras�lia, 16 - O ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou as diverg�ncias entre Pol�cia Federal e Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) na condu��o das investiga��es de pol�ticos na Opera��o Lava Jato. Para o ministro, "a verdade" a ser desvendada nas investiga��es fica prejudicada quando h� desentendimentos entre os �rg�os. "O inqu�rito busca a verdade e � preciso que as institui��es funcionem nas �reas reservadas pela lei. A PF, o Minist�rio P�blico e, capitaneando, o STF. N�o � uma coisa boa o desentendimento entre autoridades", afirmou o ministro.

Ontem, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, suspendeu temporariamente depoimentos de pol�ticos supostamente envolvidos no esquema de corrup��o na Petrobras que estavam marcados para esta semana. A decis�o atende a uma solicita��o da PGR. Nos bastidores, o pedido da procuradoria � visto como uma queda de bra�o entre o �rg�o e a PF. O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, estaria insatisfeito com a forma como as dilig�ncias de investiga��o dos pol�ticos t�m sido conduzidas pela pol�cia."Como vivemos tempos muito estranhos de abandono a princ�pios, nada me surpreende mais", disse Marco Aur�lio Mello, sobre a situa��o.

Marco Aur�lio comentou nesta tarde, ao chegar para sess�o plen�ria do STF, que diverg�ncias podem atrasar a investiga��o e afirmou que a sociedade faz uma leitura que n�o � boa do caso. "Como se houvesse desentendimento mais profundo entre os envolvidos no inqu�rito: a PF, o Minist�rio P�blico e tamb�m o Judici�rio", disse o ministro.