
Bras�lia – Ap�s meses de especula��o, a presidente Dilma Rousseff deu posse nessa quinta-feira, no Pal�cio do Planalto, ao novo ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves. Ele entra no lugar de Vin�cius Lages, que estava no cargo desde mar�o de 2014. Em meio a um racha no PMDB, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), n�o participaram da cerim�nia.
Dilma fez um afago a Lages na posse, agradecendo pelas contribui��es � pasta. A presidente disse que, no pr�ximo ano, o Brasil estar� “novamente” na rota dos turistas do mundo com os Jogos Ol�mpicos e Paral�mpicos. “Faremos mais uma vez os melhores Jogos Ol�mpicos e Paral�mpicos dos �ltimos tempos”, afirmou, ap�s dizer que a Copa do Mundo foi bem-sucedida.
A presidente ainda desejou boas-vindas a Henrique Alves e disse que ele contribuir� para aprimorar a ind�stria da �rea. Segundo Dilma, o turismo � respons�vel por movimentar 4% do PIB do Brasil e gerar mais de 3 milh�es de empregos diretos. “Neste momento em que estamos realizando ajustes para crescer, a ind�stria do turismo pode assumir papel relevante na retomada desse crescimento”, afirmou.
Alves afirmou que ajudar� o vice-presidente Michel Temer na tarefa de conduzir a articula��o pol�tica do governo e que quer fazer do turismo uma “econ�mica, social e pol�tica”. “Agora, logicamente, at� (em fun��o) das minhas rela��es com Michel, tamb�m ser� a de ajudar nesta tarefa de articula��o pol�tica, que � importante n�o apenas para o governo, mas tamb�m para o Brasil”, disse, acrescentando que, por ter sido deputado por 44 anos, mant�m boas rela��es na C�mara.
TAREFA Sobre a aus�ncia do presidente do Senado, Alves afirmou que n�o h� mal-estar. “N�o h� o que pacificar. Ele (Renan) � uma grande lideran�a do PMDB, presidente do Congresso. � um grande companheiro e estar� junto nesta tarefa em favor do Brasil, com participa��o fundamental do Congresso. N�o h� nenhum problema com o senador”, disse. Sobre Cunha, ele afirmou ainda esperar que o correligion�rio “continue” com �xito frente � Casa.
O ex-presidente da C�mara foi confirmado nesta semana para assumir o cargo. O nome dele era cotado desde o fim do ano passado. Para superar o impasse com Renan, Dilma chegou a oferecer ao presidente do Senado um destino para Lages na presid�ncia da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), diretoria de algum banco ou a presid�ncia da Infraero. Ele recusou as tr�s ofertas.
“A presidente ofereceu cargos muito importantes, mas declinei por coer�ncia com o que temos afirmado de que n�o se trata de cargos neste momento, mas de acreditar num projeto de desenvolvimento onde o reconhecimento sobre o que fazemos foi avalizado pelo mercado, pelo Congresso e pelo governo”, disse Lages. Na quarta-feira, Renan j� havia avisado que n�o aceitaria “barganha”. “Se o ministro Lages n�o servir mais ao governo, ele vai para outro lugar, n�o do governo. Seria aceitar barganha. E n�s n�o vamos aceitar barganha de forma nenhuma. A fundamental mudan�a que temos que fazer no Brasil � exatamente essa: fazer uma reforma do Estado para que essas coisas deixem de acontecer. E que ocupem os cargos as pessoas que t�m os melhores perfis.”
Direitos Humanos
O ministro Pepe Vargas assumiu oficialmente nessa quinta-feira o comando da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presid�ncia da Rep�blica. Houve cerim�nia de apresenta��o aos servidores e colaboradores do �rg�o. Pepe, filiado ao PT desde 1981, foi nomeado para o cargo de ministro-chefe da SDH na sexta-feira passada pela presidente Dilma Rousseff. At� ent�o, ele comandava a Secretaria de Rela��es Institucionais (SRI), mas a articula��o pol�tica do Planalto foi transferida para o vice-presidente, Michel Temer (PMDB). A SDH, por sua vez, era comandada antes dessas mudan�as por Ideli Salvatti (PT). Na solenidade, Pepe destacou as prioridades da Secretaria de Direitos Humanos, como o di�logo com os movimentos sociais, a luta contra a redu��o da maioridade penal e a atualidade dos debates sobre o direito � mem�ria e � verdade no atual contexto em que manifestantes foram �s ruas pedir o retorno da ditadura militar.