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Estado de Minas

PT se solidariza com Vaccari, mas deixa defesa a cargo de advogado

Ao contr�rio do que fez no mensal�o, quando saiu publicamente em defesa dos acusados, PT pretende restringir defesa de Vaccari a advogados


postado em 17/04/2015 08:19 / atualizado em 17/04/2015 08:30

João Vaccari Neto foi preso em São Paulo e transferido para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná(foto: Antônio More/Gazeta do Povo )
Jo�o Vaccari Neto foi preso em S�o Paulo e transferido para a carceragem da Pol�cia Federal em Curitiba, no Paran� (foto: Ant�nio More/Gazeta do Povo )

S�o Paulo - Ao contr�rio do mensal�o, quando o PT saiu publicamente em defesa dos seus filiados e ex-dirigentes acusados - e posteriormente condenados e presos - por participa��o no esquema, o partido pretende virar a p�gina o mais rapidamente poss�vel em rela��o ao envolvimento do ex-tesoureiro Jo�o Vaccari Neto na Opera��o Lava-Jato.

Na quarta-feira, 15, o PT divulgou uma nota na qual classificou a pris�o de Vaccari como indevida e manifestou solidariedade ao ex-tesoureiro. De acordo com a estrat�gia tra�ada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e pelo presidente do partido, Rui Falc�o, as manifesta��es p�blicas devem parar por a�. A ordem � "tocar a vida para frente" e deixar o caso nas m�os do advogado Luiz Fl�vio D’Urso sem, no entanto, virar as costas para o companheiro preso.

"Temos o governo, temos o 5º Congresso Nacional do PT (a ser realizado em junho). A vida continua", disse o secret�rio nacional de organiza��o, Florisvaldo Souza.

Internamente, por�m, a pris�o do ex-tesoureiro continua repercutindo mal. Durante reuni�o da Executiva Nacional do PT, na quinta-feira, 16, em S�o Paulo, dirigentes avaliaram que a a��o da Lava Jato atingiu em cheio o partido no momento em que tanto o PT quanto o governo se preparavam para reagir � crise pol�tica.

A dire��o fez uma avalia��o positiva das �ltimas semanas citando sinais de desgaste do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na vota��o dos destaques do projeto de lei da terceiriza��o, o in�cio das mobiliza��es populares contra esse projeto, a queda do n�mero de pessoas nas manifesta��es contra a presidente Dilma Rousseff e o recuo do governo em pontos das medidas provis�rias que limitam direitos trabalhistas.

Segundo um cardeal petista, a inesperada pris�o de Vaccari "paralisou as a��es" e deixou o PT novamente na defensiva. Na reuni�o de ontem da c�pula petista, o juiz federal S�rgio Moro, que conduz a Lava Jato, foi alvo de muitas cr�ticas. Um dirigente do PT chegou a falar em "estado de exce��o". Petistas tamb�m classificaram a deten��o como "uma pris�o por raz�es pol�ticas".

Dificuldade

O PT vai definir hoje o nome do sucessor de Vaccari na Secretaria de Finan�as, mas encontra dificuldade para encontrar um nome que aceite a tarefa. A dire��o quer colocar no cargo um petista com mandato parlamentar. A indica��o caber� � corrente majorit�ria Construindo um Novo Brasil, da qual Vaccari faz parte. At� o in�cio da noite, a corrente havia sondado v�rios nomes sem conseguir convencer nenhum deles a aceitar.

Vaccari � o segundo tesoureiro do PT a ser preso. Del�bio Soares, um dos piv�s do mensal�o, cumpre pena em regime semiaberto por envolvimento no esc�ndalo. Embora Vaccari tenha pedido afastamento da tesouraria em car�ter tempor�rio por quest�es de ordem "pr�ticas e legais", petistas consideram muito dif�cil que o tesoureiro tenha condi��es pol�ticas de voltar � fun��o futuramente.

'Injusti�a'

A defesa do ex-tesoureiro divulgou nota ontem na qual classifica sua pris�o como "uma profunda injusti�a". O texto assinado por Luiz Fl�vio D’Urso diz que o decreto de pris�o "teve por justificativa apenas conjecturas e progn�sticos".

D’Urso e sua equipe preparam o habeas corpus que ser� apresentado ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Regi�o. O recurso da defesa vai questionar ponto a ponto os argumentos apresentados no decreto de pris�o de Moro. "O que tem de base para decreta��o da pris�o preventiva? Primeiro s�o palavras de delatores, o que n�o constitui prova. Nenhum ind�cio de prova existe para corroborar o que esses delatores falaram sobre Vaccari", disse D’Urso ao Estado.

Segundo um advogado que esteve com Vaccari na carceragem da Pol�cia Federal em Curitiba, o ex-tesoureiro "passou bem" a primeira noite na pris�o e se mantinha "sereno". O petista divide a cela com mais uma pessoa.


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