Bras�lia, 17 - A crise entre a Pol�cia Federal e a Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) adiou os depoimentos de dois deputados e de um senador, al�m de outros tr�s investigados sem mandato pela Opera��o Lava Jato. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara, deputado Arthur Lira (PP-AL); o l�der do PP na Casa, deputado Eduardo da Fonte (PE); e o senador Benedito de Lira (PP-AL) tiveram os depoimentos cancelados nesta semana, al�m de um ex-diretor da Odebrecht ligado ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
O diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, prestaria depoimento nesta semana. Reportagem do jornal O Globo revelou que Alexandrino acompanhou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em um p�riplo por Cuba, Rep�blica Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013. A empresa pagou as despesas do voo, mesmo n�o sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira.
No documento do voo, ele est� registrado como "passageiro principal: voo completamente sigiloso." A empreiteira � uma das investigadas na Opera��o Lava Jato. A lista inclui de depoimentos adiados inclui ainda o ex-deputado Roberto Teixeira e Jos� Carlos Grubisich. Este �ltimo e Alexandrino estariam sendo ouvidos como testemunhas.
O jornal revelou nesta sexta-feira, 17, que a paralisa��o dos depoimentos da Lava Jato foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da PGR ap�s diverg�ncias entre os procuradores e a Pol�cia Federal. Os desentendimentos entre policiais e procuradores surgiram desde a abertura dos inqu�ritos a partir de autoriza��o do Supremo, em mar�o.
A queda de bra�o se intensificou nesta semana. Isso porque procuradores telefonaram para parlamentares informando que os investigados n�o precisariam, necessariamente, depor na sede da Pol�cia Federal em Bras�lia. Poderiam optar por realizar a oitiva, por exemplo, na sede da Procuradoria-Geral da Rep�blica.
Em um outro ponto de desentendimento, a pol�cia teria pedido ao STF novas dilig�ncias a partir dos documentos analisados , mas sem consultar previamente a procuradoria. Para os policiais, o estresse quanto a isso foi causado porque a procuradoria quer limitar as investiga��es e n�o teria como justificar a negativa de um pedido para avan�ar no inqu�rito. J� para os procuradores, a PF tomou a dianteira de forma indevida uma vez que o pr�prio ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, definiu na abertura dos inqu�ritos que o autor "incontest�vel" das investiga��es � o MPF.