Bras�lia, 17 - Criminalistas que defendem dois parlamentares investigados na Opera��o Lava Jato admitiram nesta sexta-feira, 17, que seus clientes foram convidados por procuradores a prestar depoimento na sede da Procuradoria Geral da Rep�blica. O l�der do PP na C�mara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), chegou a desmarcar seu depoimento na Pol�cia Federal informando que falaria na sede do Minist�rio P�blico.
"Recebemos uma liga��o da procuradoria sugerindo o depoimento na Procuradoria e eu aceitei", afirmou o criminalista Marcus Vin�cius, que defende o deputado Sandes Junior (PP-GO). "O deputado foi contatado. � s� uma mudan�a de local. N�o conhe�o ningu�m que prefira ser ouvido numa delegacia policial", constatou o ex-ministro Hamilton Carvalhido, que defende Eduardo da Fonte.
O local dos depoimentos est� no centro de uma disputa entre a Pol�cia Federal e a PGR que paralisou parte das oitivas da Opera��o Lava Jato determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme a Procuradoria, o procurador Peterson Pereira, seguindo orienta��o do procurador-geral Rodrigo Janot, procurou parlamentares investigados na Lava Jato, mas para informar que poderiam optar pelo local do depoimento e n�o para direcionar a escolha. A inten��o, segundo a Procuradoria, era organizar a agenda das mais de cem oitivas.
Entre os depoimentos adiados est�o o do presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara, deputado Arthur de Lira (PP-AL), do senador Benedito de Lira (PP-AL); al�m do diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, ligado ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O jornal O Globo revelou que Alexandrino acompanhou Lula em uma agenda por v�rios pa�ses. A empresa pagou as despesas do voo, mesmo n�o sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. No documento do voo, esta registrado: "passageiro principal: voo completamente sigiloso."
A temperatura de crise aumentou com nota divulgada pela PF e rebatida pelo Minist�rio P�blico Federal. "A Pol�cia Federal tem o compromisso em elucidar os fatos investigados e aguarda para retomar a execu��o das diligencias", estocou a PF. O delegado Eduardo Mauat da Silva, um dos respons�veis pela Lava Jato, refor�ou. "A investiga��o esta sendo tolhida. Agora, se ela est� sendo tolhida por uma quest�o jur�dica ou por alguma outra quest�o, cabe ao doutor Janot explicar." A procuradoria respondeu: "...Como a responsabilidade pelo oferecimento da den�ncia e pela sustenta��o da prova no STF � do procurador-geral da Rep�blica, cabe a ele decidir a estrat�gia de investiga��o."
De acordo com o regimento interno do STF, o autor do inqu�rito judicial � a Procuradoria-Geral da Rep�blica. � Pol�cia Federal cabe o papel de atuar na condu��o das dilig�ncias. (Colaboraram Talita Fernandes e Beatriz Bulla)
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Investigados da Lava Jato foram chamados para depor na sede da PGR, diz defesa
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