Comunidade crist� italiana pede ao papa clem�ncia para Pizzolato

Paris, 24 - N�o foi por falta de ora��es que o Minist�rio da Justi�a da It�lia decidiu extraditar o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Na quinta-feira, 23, horas depois que a determina��o foi informada aos advogados do caso, a Comunidade Crist� de Base de Vilagio Artigiano, em Modena, escreveu ao papa Francisco pedindo sua interven��o para a "anula��o do pedido de extradi��o" por "viola��es �bvias e perturbadoras do direito" do Brasil, da It�lia e das conven��es internacionais.

O pedido foi feito pela mesma comunidade � qual Andrea Haas, esposa de Pizzolato, aderiu ap�s a pris�o de seu marido em Modena, h� 18 meses. Segundo a comunidade crist�, o ex-diretor do BB "n�o era um pol�tico, mas como um pol�tico tem sido tratado". "Ele era um l�der sindical e banc�rio do Banco do Brasil, mas foi julgado e condenado sob a press�o violent�ssima de alguns grandes ve�culos de imprensa", diz a carta, que n�o afirma a inoc�ncia do "�talo-brasileiro".

"N�o � tanto em nome de inoc�ncia Pizzolato que pedimos que sua voz possa ser unida com a nossa", diz a correspond�ncia. O grupo pede ao papa Francisco que utilize "os meios que considere adequados para a anula��o do pedido de extradi��o". "Henrique Pizzolato n�o tenha tido a oportunidade, garantida pela Constitui��o do Brasil, de ter uma segunda fase do processo. Ele foi julgado e condenado em um clima de justicialismo violento da m�dia, por um �nico tribunal", alega.

A comunidade demonstra na carta j� conhecer o parecer do Minist�rio da Justi�a, que s� foi revelado � opini�o p�blica na manh� desta sexta-feira. "Incrivelmente o Estado italiano vai conceder a extradi��o de um dos seus nacionais ao Brasil (reiteramos que Pizzolato tamb�m tem cidadania italiana) por raz�es que s�o francamente estranhas � cultura do direito e do asilo", argumentam os autores.