Bras�lia, 28 - Em depoimento � CPI da Petrobras, o gerente de informa��o t�cnica e propriedade intelectual da Petrobras, Fernando de Castro S�, disse que ouviu de um assistente que o ex-presidente da estatal Jos� S�rgio Gabrielli queria sua demiss�o. Ainda de acordo com o funcion�rio, o ex-diretor de Servi�os, Renato Duque, o chamou de "inflex�vel" por questionar os contratos da �rea.
Aos deputados, S� confirmou que havia inger�ncia na �rea de orienta��o contratual da Associa��o Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) - chamada de clube das empreiteiras - na estatal. O gerente disse que o jur�dico da Petrobras participou de reuni�es com a Abemi.
Quando foi gerente jur�dico de Abastecimento da Petrobras, ele contou que viu "coisas estranhas" e que se recusou a ratificar pareceres, inclusive para pagamentos de servi�os n�o realizados na Diretoria de Servi�os numa situa��o de greve de funcion�rios da empreiteira. "Fui consultado na �poca sobre efetuar um pagamento antecipado em servi�os n�o realizados, porque a empresa estava com problema de caixa e minha �rea foi taxativa e disse que n�o", afirmou. "O cara pagou por aquilo que n�o fez. Foi isso que a Petrobras fez", criticou o sub-relator da CPI, deputado Altineu C�rtes (PR-RJ).
S� relatou uma reuni�o em que estava a ex-gerente Venina Velosa da Fonseca e que Duque teria reclamado que eles estavam "criando problemas". "Ele disse que a contrata��o seria da forma como a Engenharia queria e que eventuais sugest�es do Abastecimento seriam incorporadas", disse.
Ao ser afastado do setor jur�dico da �rea internacional, em 2009, S� contou que sua antiga equipe foi chamada de "talib�" e que eles foram orientados a n�o terem mais contato com ele. Ele reclamou de persegui��o. "N�o havia muito a quem denunciar", comentou. O gerente produziu um dossi� sobre as den�ncias de inger�ncia das empreiteiras, que foram encaminhadas ao Minist�rio P�blico.