
Defensores da apresenta��o imediata do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputados tucanos foram informados pelo presidente do PSDB, senador A�cio Neves, que ter�o que esperar at� a pr�xima quarta-feira para saber que postura ser� adotada pelo partido. A�cio ainda espera parecer do jurista Miguel Reale J�nior e a forma��o de unidade no bloco de oposi��o para bancar a tentativa de impedimento.
"Os partidos de oposi��o, no momento em que decidirem qual ser� o pr�ximo passo, far�o isso de forma conjunta", disse A�cio. "Nenhum (passo) est� descartado, mas n�o nos precipitaremos", afirmou o senador.
A decis�o foi anunciada ap�s reuni�o do senador tucano com l�deres do PSDB, DEM, Solidariedade e PPS. Exceto pelo PPS, que est� dividido, j� h� consenso favor�vel ao impeachment nas bancadas federais das demais legendas. O �nico senador presente na reuni�o - al�m de A�cio - era C�ssio Cunha Lima (PB). No Senado, ainda n�o h� consenso em nenhuma legenda.
Na semana passada, o l�der do PSDB na C�mara, Carlos Sampaio (SP), disse que, se dependesse da bancada tucana na Casa, o pedido j� poderia ser feito. Repreendido por A�cio Neves, viu-se obrigado a aguardar.
"S�o provas robustas. O fundamento jur�dico � cabal, s�lido tanto na doutrina quanto na jurisprud�ncia. Viemos trazer essa nossa vis�o para o presidente nacional do PSDB, e o senador fez um apelo que foi consenso entre as lideran�as de bancada", afirmou Sampaio.
A�cio n�o quer que seu partido banque sozinho o pedido de impeachment de Dilma e, por isso, tenta formar um grande grupo de oposi��o. At� a pr�xima reuni�o, espera conseguir a unidade do PPS e tentar o apoio de legendas de oposi��o como PSB, PV e PSC. O tucano tamb�m ter� que buscar dois apoios importantes em seu pr�prio partido, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador Jos� Serra (SP), que se manifestaram contrariamente ao impedimento.
Os defensores do impeachment fundamentam sua argumenta��o nas chamadas "pedaladas fiscais" e, principalmente, na eventual omiss�o da presidente diante do esquema de corrup��o envolvendo a Petrobras.
"N�o deixaremos impunes os crimes que foram cometidos pelo atual governo durante o processo eleitoral, os �ltimos anos, e at�, eventualmente, neste in�cio de mandato", disse A�cio.