Bras�lia, 28 - O ex-gerente-geral do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj) Jansen Ferreira da Silva disse � CPI da Petrobras que n�o havia nenhum elemento que provasse a forma��o de cartel entre as empreiteiras. "Carteliza��o � um fen�meno econ�mico ex�geno. Pode ter existido? Pode, mas eu desconhe�o", respondeu.
Jansen foi gerente-geral do Comperj na �rea de engenharia entre 2010 e 2012 e foi indicado para a fun��o pelo ex-diretor de Servi�os, Renato Duque. "Minha rela��o com Duque era amistosa. Sou amigo dele h� mais de 30 anos", revelou. "Nunca desconfiei de nada", emendou o ex-gerente, para revolta dos deputados. "Todo mundo que vem aqui diz que n�o sabia de nada", rebateu a deputada Eliziane Gama (PPS-MA).
Quarto depoente do dia na comiss�o, Jansen relatou que os aditivos contratuais foram assinados pelo ex-gerente de Servi�os Pedro Barusco, mas admitiu que assinou os aditivos de terraplenagem. Jansen foi afastado devido a investiga��es internas na companhia, mas disse que a quest�o "nada tem a ver" com as obras do Comperj. Hoje ele � aposentado e est� fora das atividades da empresa h� tr�s anos.
Oitivas
Al�m de Jansen, a CPI ouviu nesta ter�a-feira, 28, tr�s depoimentos: do gerente de Informa��o T�cnica e Propriedade Intelectual da Petrobras Fernando de Castro S�; do ex-integrante do Comit� de Auditoria da estatal Mauro Cunha; e do ex-presidente da �rea petroqu�mica do Comperj Nilo Vieira Filho. As oitivas ocorreram no �mbito da sub-relatoria que investiga superfaturamento e gest�o temer�ria na constru��o de refinarias no Pa�s.
Os depoimentos mais contundentes foram os de S� e de Cunha, nos quais ambos apontaram irregularidades na estatal. S� reafirmou que havia inger�ncia do "clube das empreiteiras" na orienta��o dos contratos da Petrobras e que ele foi perseguido por n�o ratificar pareceres. Segundo ele, havia pareceres at� para pagamento de servi�os n�o realizados.
Cunha criticou a falta de independ�ncia do Conselho de Administra��o da Petrobras em rela��o ao governo, apontou a pol�tica de pre�os de combust�veis como uma das respons�veis pela crise financeira da empresa e condenou o lan�amento dos preju�zos com corrup��o no �ltimo balan�o da Petrobras. Jansen e Vieira negaram irregularidades no Comperj.
Tamb�m estava previsto o depoimento de Maur�cio Guedes para hoje, mas devido ao esvaziamento da sess�o os deputados adiaram a oitiva.
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Ex-gerente do Comperj diz � CPI da Petrobras que desconhecia carteliza��o
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