Bras�lia, 01 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva deve aproveitar hoje o palanque da Central �nica dos Trabalhadores nas comemora��es do Primeiro de Maio para pedir apoio contra a vota��o no Congresso do projeto que trata da regulamenta��o da terceiriza��o no Pa�s. Um posicionamento firme contra a proposta dever� ser o ponto central do discurso que far� ao lado do presidente nacional do PT, Rui Falc�o. A CUT, que � contr�ria ao projeto, pretende dirigir seus ataques ao Legislativo e ao presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entusiasta da proposta. A central � a maior do Pa�s e representa 2,3 mil sindicatos.
J� o ato da For�a Sindical, segunda maior do Pa�s com 1,6 mil sindicatos, n�o ter� o mesmo apelo. A central � favor�vel ao texto e at� participou diretamente das negocia��es com Cunha. Seu alvo principal ser� o Executivo federal e o ajuste fiscal da presidente Dilma Rousseff. O pr�prio Cunha, que � esperado no ato, vai aproveitar para anunciar um projeto que aumenta a capitaliza��o do FGTS dos atuais 3% ao ano para 6% ao ano.
A For�a vai repetir seu tradicional evento na pra�a Campos de Bagatelle, em S�o Paulo, com sorteios de autom�veis e shows de artistas populares. A central entende que essa divis�o das centrais ser� superado ap�s os eventos de hoje. "Inicialmente, todas as centrais, a CUT inclusive, concordaram com as emendas que n�s negociamos no projeto da terceiriza��o. Depois ficaram contr�rias. N�s vamos defender o que n�s fizemos", disse o presidente da For�a, Miguel Torres, que tamb�m comanda o Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Paulo.
Apesar da liga��o com o PT, a CUT vai levar ao Vale do Anhangaba�, centro de S�o Paulo, um evento "de conflito e protestos, preparando o terreno para uma prov�vel greve geral", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas. "O Brasil vive um momento de retrocessos, com uma pauta conservadora horr�vel para os trabalhadores, exemplificado pelo projeto da terceiriza��o", disse ele. O presidente da CUT em S�o Paulo, Adi dos Santos, refor�ou o coro: "Levaremos essa tristeza com a agenda conservadora movida por Eduardo Cunha ao Primeiro de Maio. Ele fechou as galerias da C�mara � CUT na vota��o da terceiriza��o. Seu pr�ximo passo � fechar o Congresso Nacional para todos".
Ao contr�rio da CUT e da For�a, a terceira maior central, a Uni�o Geral dos Trabalhadores, que representa 1,2 mil sindicatos, decidiu neste ano n�o realizar evento algum. "Nada contra sorteios de carros, mas o momento � para debates sobre o nosso futuro", afirmou Ricardo Patah, presidente da UGT e dirigente nacional do PSD.