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Estado de Minas

O impeachment n�o � uma panaceia, diz Sim�o Jatene


postado em 03/05/2015 08:19

S�o Paulo, 03 - A discuss�o em torno da defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) vem dividindo correligion�rios do maior partido de oposi��o, o PSDB. Na mesma linha de cautela pregada recentemente pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador do Par�, Sim�o Jatene (PSDB), disse em entrevista exclusiva ao Broadcast Pol�tico, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, que a despeito do momento cr�tico que o Pa�s atravessa, o impeachment n�o � uma panaceia, numa refer�ncia � deusa da cura, na mitologia grega, que tinha um �nico rem�dio para todos os males. "N�o d� para imaginar, no cen�rio que o Brasil est� vivendo, o impeachment como panaceia", disse Jatene, destacando que as discuss�es sobre o tema ainda est�o sendo feitas na dire��o de que se houver o impedimento de Dilma, todos os problemas do Pa�s ser�o resolvidos. "E n�o � bem assim", advertiu.

Apesar da avalia��o, Jatene disse que seus correligion�rios e aliados que defendem a tese do impeachment no Congresso est�o no papel deles, de tentar identificar os objetos juridicamente sustent�veis para caminhar na dire��o de um embasamento de um eventual pedido de impeachment. "Este � o papel dos parlamentares". Contudo, reitera que ao se pensar de forma mais global, a postura � aquela defendida pelo ex-presidente FHC. "O Brasil vive um momento cr�tico, fruto de muita bobagem feita nos �ltimos tempos (pela gest�o petista), mas n�o ser� num estalar de dedos que se vai conseguir superar tudo isso. E eu entendo a preocupa��o de FHC, que � a minha tamb�m. Num cen�rio com o atual, acho importante n�o imaginar que existe um rem�dio �nico, uma panaceia, isso pode terminar levando a uma frustra��o posterior e a mais complica��es."

Para o governador do Par�, um dos problemas mais graves que o Pa�s enfrenta hoje � a perda de representatividade geral dos partidos. "E isso � uma coisa grave no sistema democr�tico". Jatene destaca que as institui��es est�o vulner�veis, marcadas por fatos que levam a sociedade a ter uma grande desconfian�a de tudo. "Hoje caminhamos quase que na anomia, com a perda completa de equil�brio entre direito e dever, onde ningu�m tem compromisso com coisa nenhuma."

Neste cen�rio, o tucano ressalta que a alian�a que sustenta o atual governo federal, falando sobretudo de PT e PMDB � insuficiente para garantir a governabilidade do Pa�s. "Ela (alian�a) n�o � insuficiente no quesito num�rico no Congresso, mas insuficiente no sentido de representar a sociedade, no sentido de ter a confian�a da Na��o, essa � a coisa mais s�ria." Por essa raz�o, � preciso que a na��o perceba o grande desafio que est� posto e perceba que � maior do que qualquer partido ou lideran�a pol�tica. "Nenhum partido ou alian�a, por maior que seja, representa a realidade do Brasil como um todo", reitera.

Na sua avalia��o, a sa�da para sair "da brutal crise econ�mica, fiscal, financeira e de valores que o Pa�s enfrenta" estaria numa concerta��o geral. "Seria necess�rio que as pessoas usassem as palavras para revelar suas inten��es e n�o para escond�-las", disse, fazendo coro ao seu partido que acusa a presidente Dilma de ter mentido na campanha presidencial, dizendo que a oposi��o traria um receitu�rio amargo para equilibras as finan�as do Pa�s, medidas que ela mesma acabou adotando ao ser reeleita. E ele diz que � o pr�prio governo e seus aliados que devem dar o start neste processo. "Um partido de oposi��o n�o poderia deflagrar este processo, chamariam de golpe."


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