Bras�lia, 04 - O vice-presidente Michel Temer admitiu nesta segunda-feira, 4, que, quanto maior forem as mudan�as feitas nas medidas provis�rias do ajuste fiscal pelo Congresso, maior ser� o contingenciamento que ser� anunciado pelo Executivo nos pr�ximos dias.
"Se n�o houver um ajuste, o contingenciamento ser� muito radical. Se houver, o contingenciamento ser� muito menor", disse Temer, o novo articulador pol�tico do governo Dilma Rousseff, antes do in�cio da reuni�o com l�deres partid�rios do Congresso.
O governo est� numa semana decisiva para o ajuste, uma vez que est� prevista a vota��o no plen�rio da C�mara da Medida Provis�ria 665, que altera benef�cios trabalhistas, como o seguro-desemprego.
A MP 665 j� tranca a pauta do Plen�rio da Casa e, junto com uma outra, a MP 664, faz parte do ajuste fiscal do governo, promovendo mudan�as trabalhistas e previdenci�rias. A MP 664 ainda est� em an�lise na comiss�o mista, com previs�o de ser votada amanh�. Depois, seguir� para o plen�rio da C�mara.
As declara��es de Temer refor�am discurso do ministro da Secretaria da Comunica��o Social, Edinho Silva, no in�cio da tarde, ao relacionar o tamanho do contingenciamento or�ament�rio � aprova��o das medidas provis�rias.
Segundo Edinho Silva, se o ajuste fiscal for aprovado como pretendido pelo Planalto, a meta de super�vit prim�rio "fica mais f�cil de ser alcan�ada". "Sen�o, o governo tem de buscar recursos em outras fontes e � evidente que isso tem impacto sobre o contingenciamento", ressaltou.
Nas pr�ximas semanas, o governo deve publicar um decreto em que bloqueia verbas do or�amento para garantir o cumprimento da meta de super�vit prim�rio - de 1,2% do PIB.
A perspectiva do governo � que o contingenciamento fique entre R$ 60 e R$ 70 bilh�es, mas conforme o pr�prio ministro, a defini��o do bloqueio vai depender do resultado da negocia��o das MPS do ajuste fiscal no Congresso Nacional.