Bras�lia, 06 - O ministro Teori Zavascki, relator da Opera��o Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogou as investiga��es do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) por mais 60 dias.
A decis�o ocorre uma semana depois de Teori ter aceitado estender as investiga��es de 20 dos 26 inqu�ritos abertos no STF para apurar o envolvimento de 50 pessoas no esquema de corrup��o que desvio recursos da Petrobras.
Os nomes de Cunha e Gleisi foram citados pelos delatores da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Cunha � suspeito de receber, junto com o seu partido, o PMDB, propina paga por empresas contratadas pela Petrobras. Em depoimentos prestados ap�s acordo de dela��o premiada, Youssef diz que o deputado chegou a pressionar um empres�rio para retomar pagamentos, depois de a propina supostamente paga a ele ter sido suspeita.
J� a senadora petista � suspeita de ter recebido R$ 1 milh�o em contribui��o para sua campanha ao Senado em 2010 de recursos que teriam sido desviados da Petrobr�s. O suposto pagamento � campanha da senadora foi citado tanto por Youssef quanto por Costa.
Apesar das investiga��es, Cunha e Gleisi t�m negado qualquer envolvimento com os casos apurados na Lava Jato.
Separa��o
Na mesma decis�o em que prorrogou o prazo das investiga��es, Teori determinou que tramite em "procedimento aut�nomo" um pedido feito pela defesa de Cunha para arquivar as investiga��es. Com isso, O Plen�rio do STF poder� julgar o recurso da defesa sem interromper o andamento das investiga��es.
A decis�o acontece logo ap�s Janot ter escrito em parecer encaminhado ao STF que existem "elementos muito fortes" para que o presidente da C�mara seja investigado. A manifesta��o do procurador aconteceu em resposta ao pedido da defesa de Cunha, de arquivar o processo contra ele.
Depoimentos
Ap�s autoriza��o de Teori, de prorrogar o prazo de dilig�ncias dos inqu�ritos da Lava Jato, a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e a Pol�cia Federal (PF) retomaram a coleta de depoimentos de investigados e de testemunhas. As oitivas ficaram suspensas por duas semanas por decis�o do ministro relator do STF, depois de um desentendimento na condu��o das investiga��es entre PGR e PF. Os �rg�os chegaram a um consenso sobre o calend�rio dos depoimentos, que voltaram a ser agendados.
Para esta semana est�o previstos pelo menos cinco depoimentos. Na tarde desta ter�a-feira o deputado federal Sandes J�nior (PP-GO) foi ouvido na sede da PF, em Bras�lia. Para hoje, dia 6, est�o previstos os depoimentos de Jo�o Cl�udio Genu, ex-assessor parlamentar do ex-deputado Jos� Janene, e do deputado federal Waldir Maranh�o (PP-MA). Tamb�m ser� ouvido hoje o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O ex-deputado Jo�o Pizzolatti (PP-SC) ser� ouvido na quinta, dia 7, e na sexta-feira, 8.
Para a pr�xima semana est� previsto o depoimento de L�zaro Botelho (PP-TO), no dia 14. O senador Edison Lob�o (PMDB-MA) ser� ouvido no dia 18 de maio, seguido pela ex-governadora do Maranh�o Roseana Sarney (PMDB-MA), que prestar� depoimento no dia 19, mesmo dia em que o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) prestar� esclarecimentos sobre sua investiga��o na Lava Jato.