S�o Paulo, 08 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta sexta-feira, 8, que seu partido n�o quer mais cargos no governo e voltou a cobrar que a administra��o federal de Dilma Rousseff "corte na carne" e reduza o n�mero de minist�rios e de cargos comissionados para que o ajuste fiscal d� certo.
Ap�s encontro com o presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, hoje na capital paulista, Renan descartou que a aprova��o de parte do ajuste fiscal, na C�mara dos Depurados, tenha sido feita por seu partido com o intuito de obter mais cargos no governo. "Da parte do PMDB, � o inverso do que (imprensa) est� colocando."
"O PMDB n�o pode repetir a velha pol�tica na rela��o com o governo e com o PT", disse o peemedebista. "N�o h� como fazer ajuste fiscal sem reduzir minist�rios e cargos em comiss�o, � preciso garantir o equil�brio do ajuste fiscal, o governo precisa cortar na carne." Ele reiterou que a fun��o de seu partido, na coaliza��o com o governo, � dar conte�do program�tico. "O PMDB tem de dar o roteiro program�tico para a coaliz�o, para o PT e para o Brasil."
Ainda sobre o tema, Renan disse: "N�o tem exig�ncia nem barganha, esse ser� o pior papel do PMDB (se isso for feito)".
Terceiriza��o
O presidente do Senado garantiu que � preciso regulamentar "o mais rapidamente poss�vel" o Projeto de Lei da terceiriza��o, que j� foi aprovado na C�mara dos Deputados e tramita agora no Senado.
Renan, que chegou a dar indica��es de que n�o tinha pressa na tramita��o dessa mat�ria, conversou hoje sobre o tema com Skaf, cuja entidade � uma das defensoras da causa. "O mais prudente do ponto de vista do trabalhador, da ind�stria, do Brasil � regulamentar o mais rapidamente poss�vel, s� assim vamos colaborar e estimular a volta dos investimentos e a volta do emprego", afirmou.
Em r�pida entrevista coletiva concedida ap�s a reuni�o com Skaf, o presidente do Senado tamb�m mandou um recado ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), que vem garantindo a trabalhadores que, se o projeto for aprovado no Parlamento, a presidente Dilma Rousseff ir� vet�-lo: "Ningu�m substitui o Senado, ningu�m substitui a C�mara, � importante aguardar o calend�rio (de vota��es)."
Renan destacou que o Senado vai avan�ar na discuss�o da terceiriza��o e far�, j� a partir da semana que vem, audi�ncias p�blicas sobre o tema, com a participa��o, dentre outros, do presidente da Fiesp. "Vamos regulamentar a terceiriza��o e diminuir a inseguran�a jur�dica no Pa�s. O Brasil precisa regulamentar seus terceirizados, avan�ar na conceitua��o do que � a atividade-fim." O texto aprovado na C�mara dos Deputados amplia a possibilidade de terceirizar trabalhadores de todas as atividades de uma empresa, meio (como limpeza ou seguran�a, por exemplo) ou fim.
O presidente do Senado disse tamb�m que, al�m de diminuir a inseguran�a jur�dica no Pa�s, regulamentar a terceiriza��o, sobretudo a j� existente, e avan�ar na conceitua��o das atividades fim e meio, vai ajudar na retomada dos empregos. "O Brasil precisa regulamentar seus terceirizados, avan�ar na conceitua��o do que � a atividade-fim, para retirar os riscos da precariza��o, da diminui��o de sal�rios", afirmou, argumentando que n�o se pode regulamentar a utiliza��o de terceirizado na atividade-fim sem criar limites e estabelecer condi��es.