(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Depoimento de ex-diretor da C�mara refor�a suspeita de envolvimento de Cunha na Lava-Jato

Demitido pelo presidente da C�mara, Luiz Eira afirma que o perfil do parlamentar criou arquivos de requerimentos que teriam sido usados para for�ar empresa a pagar propina


postado em 09/05/2015 06:00 / atualizado em 09/05/2015 06:58

Investigado pela PGR, Eduardo Cunha afirma que os códigos dos deputados são usados por assessores(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil 3/3/15)
Investigado pela PGR, Eduardo Cunha afirma que os c�digos dos deputados s�o usados por assessores (foto: Ant�nio Cruz/Ag�ncia Brasil 3/3/15)

Bras�lia – O ex-chefe da inform�tica da C�mara Luiz Eduardo Souza da Eira disse que foi o perfil de usu�rio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que criou os arquivos dos requerimentos para, supostamente, constranger uma empresa a pagar propinas no esquema de desvios da Petrobras. O ex-diretor do Centro de Inform�tica (Cenin) afirmou a dois procuradores e um delegado da Pol�cia Federal (PF) que n�o procede o argumento do deputado de que os documentos teriam sido fraudados e garantiu que uma auditoria da pr�pria Casa confirmou isso.


De acordo com o operador J�lio Camargo, o lobista Fernando Baiano, elo do PMDB na Petrobras, era um dos destinat�rios de US$ 40 milh�es em propinas para que a estatal comprasse dois navios da Samsung Heavy, associada � Mitsui. Os subornos come�aram a atrasar e Camargo recorreu ao doleiro Alberto Youssef para honrar os pagamentos. Mas, segundo Youssef, Eduardo Cunha ordenou a cria��o de dois requerimentos contra a Mitsui na C�mara para constrang�-la a pagar Baiano. Luiz Eira foi demitido do cargo por Cunha pouco antes de a not�cia ser publicada na Folha de S.Paulo.


Os requerimentos foram apresentados pela ent�o deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), mas as propriedades do arquivo mostram que seu autor foi “dep. Eduardo Cunha”. De acordo com depoimento de Luiz Eira, prestado em 29 de abril na Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), a senha do parlamentar � pessoal e intransfer�vel. Ele disse que seria poss�vel, por exemplo, que Eduardo Cunha tivesse produzido os dois requerimentos com seu usu�rio e senha e os enviasse a Solange Almeida.


Ontem � noite, Eduardo Cunha negou novamente a autoria dos documentos e levantou a hip�tese de um funcion�rio ter usado sua senha. “Os c�digos dos deputados s�o normalmente utilizados por seus assessores”, justificou ele, na rede social Twitter. “No meu caso, eu sequer sei o meu c�digo.” A argumenta��o segue a linha de atitudes tomadas pela gest�o de Cunha esta semana. Na quarta-feira, a Mesa da C�mara publicou um ato que permite aos deputados transferirem aos assessores a responsabilidade por a��es que envolvem o uso de senhas privativas dos congressistas, inclusive a assinatura de projetos e requerimentos de informa��es.


Ontem, Eduardo Cunha destacou que J�lio Camargo desmentiu o depoimento de Youssef. O presidente da C�mara disse que demitiu Luiz Eira porque ele n�o cumpria obriga��o “de exigir a carga hor�ria dos servidores subordinados”.

Pedidos Depois do depoimento de Eira, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pediu que a C�mara informasse v�rios registros eletr�nicos para embasar a investiga��o. Ele quer datas em que foram inclu�dos os requerimentos originais em formato Word contra a Mitsui no sistema da Casa. Janot pediu ainda os cadastros do usu�rio de Eduardo Cunha e Solange Almeida no sistema, al�m dos registros de acesso, certid�o positiva ou negativa sobre eventual modifica��o dos arquivos de computador e impress�es das telas de autentica��o dos documentos.

 
Indeniza��es

 

A Petrobras entrou na Justi�a contra empreiteiras e executivos denunciados na Opera��o Lava-Jato para tentar recuperar  parte dos R$ 6,194 bilh�es que perdeu com a corrup��o. Em 30 de abril, a estatal ingressou com a��o c�vel  pedindo que a Engevix, investigada na Lava-Jato, pague quase R$ 154 milh�es de ressarcimento. J� na a��o movida ontem, contra a Mendes J�nior Participa��es S/A, a petroleira pede uma indeniza��o de R$ 298 milh�es. Nas pr�ximas semanas, a estatal entra com a��es contra tr�s empresas. Da Galv�o Participa��es S/A, a Petrobras vai cobrar R$ 302 milh�es; da OAS, R$ 282 milh�es; e da Camargo Corr�a, R$ 241 milh�es. Se a Justi�a decidir pelo ressarcimento, poder�o pag�-lo todas as empresas das holdings envolvidas e seus executivos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)