
O ministro-chefe da Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Edinho Silva, negou nesta quarta-feira, 13, que tenha mantido contatos ilegais com o dono da UTC, Ricardo Pessoa, enquanto era tesoureiro da campanha de reelei��o da presidente Dilma Rousseff. Ele garantiu que sua atua��o como arrecadador de recursos foi totalmente dentro da legalidade.
Pessoa foi autorizado a viajar a Bras�lia nesta quarta-feira para discutir com a Procuradoria-Geral da Rep�blica uma poss�vel dela��o premiada no �mbito da Opera��o Lava Jato. Questionado sobre a den�ncia de que o executivo teria entregado R$ 7,5 milh�es � campanha petista com medo de perder contratos na Petrobras, Edinho disse que todas as doa��es foram legais e que as contas da presidente foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Eu jamais mantive qualquer tipo de contato com a Petrobras, portanto, jamais cumpri esse tipo de fun��o. Eu fui um tesoureiro de campanha como todos os demais tesoureiros que exerceram essa fun��o", disse. "Procuraram empres�rios brasileiros e doa��es foram feitas, todas elas legais e declaradas legalmente", explicou.
O ministro afirmou que teve tr�s encontros com Pessoa, todos de conhecimento p�blico, mas garantiu que jamais sofreu algum tipo de press�o. "A campanha da presidente Dilma foi auditada como nenhuma outra campanha foi auditada na hist�ria eleitoral brasileira", disse.
Pessoa teria dito a procuradores que a contribui��o da UTC � campanha de Dilma foi tratada diretamente com o ent�o tesoureiro da campanha, Edinho Silva. "O que eu penso � que no Brasil tem um princ�pio constitucional de que quem acusa tem o �nus da prova. Eu penso que toda vez que acusa��o � feita, �nus � de quem acusa", defendeu.
Ajuste
De acordo com o ministro, o governo mant�m o di�logo com o Congresso Nacional e espera a aprova��o das medidas provis�rias que alteram regras trabalhistas e previdenci�rias. "Eu acredito na aprova��o dessas medidas tanto na C�mara quanto no Senado, porque elas s�o importantes para o Brasil", afirmou.
Outro ponto do ajuste � o projeto de lei que reduz a desonera��o da folha de pagamentos de empresas. No in�cio da semana, o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, disse que o governo pode retirar o pedido de urg�ncia de um dos projetos do pacote anticorrup��o proposto pelo Pal�cio do Planalto para acelerar a tramita��o do texto da desonera��o.
Segundo Edinho, o ato n�o diminuiria a import�ncia das medidas anticorrup��o. "Claro que as medidas que est�o em debate em rela��o ao ajuste econ�mico � muito importante que sejam aprovadas, porque t�m prazo para isso, mas n�o significa que as medidas anticorrup��o sejam menos importantes. Elas s�o t�o importantes quanto o ajuste econ�mico", disse.