Paim diz n�o temer puni��o do PT por votar a favor de mudan�a na aposentadoria

Bras�lia, 14 - O senador Paulo Paim (PT-RS) disse nesta quinta-feira, 14, que n�o teme sofrer puni��es do PT por votar a favor da emenda da Medida Provis�ria 664 aprovada pela C�mara, que cria uma alternativa do fator previdenci�rio. "N�o acredito (em retalia��o). Se quiserem fechar quest�o, que fechem, mas � uma bobagem", disse.

Segundo ele, h� espa�os para negocia��o dentro da legenda, inclusive para que a presidente Dilma Rousseff desista de vetar a emenda. "O PT sempre foi contra o fator e tem a grande oportunidade agora de ficar fiel �s suas ra�zes e � sua hist�ria. O PT n�o tem a m�nima condi��o de votar contra o fator previdenci�rio", disse.

Paim afirmou que se a C�mara n�o tivesse apresentado essa emenda � medida provis�ria, ele e outros dois senadores do PT, Walter Pinheiro (BA) e Lindbergh Farias (RJ), iriam propor a mesma modifica��o no Senado. "Essa � uma proposta hist�rica, eu, no m�nimo uma vez por semana, durante 14 anos, subi na tribuna para brigar contra o fator", disse.

No in�cio da discuss�o das medidas provis�rias do ajuste fiscal (664 e 665), Paim chegou a amea�ar que deixaria o PT caso n�o houvesse mudan�as para diminuir o impacto na redu��o dos direitos trabalhistas.

A nova f�rmula, aprovada na quarta-feira, 13, pelo plen�rio da C�mara, preocupa o Pal�cio do Planalto porque muda o c�lculo para a concess�o de aposentadorias. Pela norma em vigor, quem se aposenta por tempo de contribui��o antes de atingir 65 anos (nos casos de homens) ou 60 (mulheres), reduz o valor da aposentadoria.

Na vota��o da MP 664, contudo, os deputados aprovaram uma emenda que prop�e a ado��o da f�rmula 85/95. Por meio dela, o trabalhador se aposenta com proventos integrais (com base no teto da Previd�ncia, atualmente R$ 4.663,75) se a soma da idade e do tempo de contribui��o resultar 85 (mulheres) ou 95 (homens).

O ministro da Previd�ncia, Carlos Gabas, afirmou nesta quinta que o governo est� fazendo as contas do impacto da aprova��o da emenda. Ele negou, no entanto, que exista um "rombo" na Previd�ncia.