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Estado de Minas

Planalto aposta em enfraquecimento de Renan


postado em 17/05/2015 09:31

Bras�lia, 17 - O governo decidiu transferir para o Senado a negocia��o dos cargos de segundo e terceiro escal�es e a transfer�ncia de verbas federais para os Estados dos senadores como forma de vencer suas vota��es priorit�rias at� agora: as medidas provis�rias do ajuste fiscal e a indica��o de Luiz Fachin para o Supremo Tribunal Federal.

Para o Pal�cio do Planalto, com essa estrat�gia ser� poss�vel derrotar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se tornou neste segundo mandato um dos principais cr�ticos da presidente Dilma Rousseff. Para o peemedebista, a semana servir� para testar sua for�a na Casa com a possibilidade de impor duas duras derrotas � petista.

Na ter�a-feira, o nome de Fachin ser� submetido � chancela dos senadores, em vota��o secreta. Tamb�m entra na pauta do Senado a primeira medida provis�ria do pacote de ajuste fiscal do governo, a 665, que restringe direitos trabalhistas, como o seguro-desemprego.

Para derrotar o governo, por�m, Renan vai precisar do apoio de seus pares, que apontam que ele est� cada vez mais isolado. A avalia��o entre os senadores � de que ele perdeu for�a pol�tica na Casa. Teve de enfrentar na elei��o pela presid�ncia um advers�rio do pr�prio PMDB e, apesar de ter vencido, n�o obteve vota��o expressiva. Posteriormente, virou alvo de tr�s inqu�ritos no Supremo por suspeita de envolvimento na Opera��o Lava Jato, inclusive tendo contra si pedidos de quebra de sigilos banc�rio e fiscal.

Renan tem enfrentado diverg�ncias at� com antigos aliados no PMDB. Na sabatina do indicado ao STF na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), peemedebistas como Romero Juc� (RR), Jader Barbalho (PA) e Garibaldi Alves Filho (RN) elogiaram Fachin em p�blico.

O governo considera que o enfraquecimento de Renan pode auxiliar no embate desta semana. O governo calcula ter 51 votos em favor do seu indicado, 10 a mais do que o m�nimo necess�rio. Na vota��o da MP 665, o otimismo do governo � grande.

Mas o Planalto tamb�m reconhece que Renan, apesar do enfraquecimento, ainda det�m a for�a do cargo e o poder de pautar o que quiser na Casa. Em raz�o disso, pretende manter e at� ampliar os acenos feitos nos �ltimos dias ao peemedebista. Considera importante evitar melindr�-lo.

Foi dentro dessa perspectiva que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva se encontrou com Renan na quinta-feira em Bras�lia e Dilma o convidou para irem no avi�o presidencial ao enterro do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), na segunda-feira em Joinville (SC).

Considerado um dos principais aliados no Congresso no primeiro mandato, Renan se distanciou de Dilma por duas raz�es: para ele, o Executivo agiu para inclu�-lo na lista de investigados na Lava Jato; e a perda de apadrinhados de peso na estrutura federal, como Vin�cius Lages, substitu�do pelo ex-deputado Henrique Eduardo Alves no Minist�rio do Turismo, e S�rgio Machado, ex-presidente da Transpetro.

Negocia��es. Para reduzir as resist�ncias no Congresso e manter o ajuste, Dilma determinou � Secretaria-Geral da Presid�ncia e ao Minist�rio da Previd�ncia que comecem a estudar alternativas ao fator previdenci�rio - a C�mara flexibilizou o c�lculo e o Senado tende a manter essa mudan�a na MP 664, que afeta benef�cios previdenci�rios. O governo entende que, para evitar desconfian�as, precisa ter uma op��o a ser apresentada aos parlamentares antes de um eventual veto da presidente � emenda.

Nos pr�ximos dias, o vice-presidente e articulador pol�tico do governo, Michel Temer, e o ministro da Avia��o Civil, Eliseu Padilha, v�o direcionar o balc�o de negocia��es para o Senado, ap�s a tramita��o das duas medidas provis�rias do ajuste na C�mara.

Ser�o de imediato cerca de 100 cargos a serem preenchidos entre deputados e senadores. Alguns j� foram consolidados, como a presid�ncia do Banco do Nordeste ao l�der do PMDB, Eun�cio Oliveira (CE). O posto ser� ocupado por Marcos Holanda. Tamb�m j� houve a sinaliza��o ao presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), de que a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e do Parna�ba (Codevasf), ficar� com um indicado seu. O desafio agora � atender a outras bancadas e intermediar os interesses de parlamentares do mesmo partido. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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