Rejei��o de nome de Patriota pelo Senado surpreende e constrange Itamaraty

Bras�lia, 19 - A rejei��o do nome do embaixador Guilherme Patriota para a representa��o do Brasil na Organiza��o dos Estados Americanos (OEA) surpreendeu e constrangeu o Itamaraty. Apesar do placar apertado na Comiss�o das Rela��es Exteriores (CRE), na semana passada, onde sua indica��o foi aprovada por apenas um voto, n�o se esperava uma negativa do Senado, at� porque n�o h� registro de uma rejei��o mesmo na mem�ria dos embaixadores mais antigos da Casa.

Irm�o do ex-ministro Antonio Patriota, Guilherme trabalhou com o assessor especial da Presid�ncia da Rep�blica, Marco Aur�lio Garcia, at� ser indicado como embaixador adjunto da representa��o do Brasil nas Na��es Unidas em 2013, onde terminou sendo chefiado por seu irm�o quando esse assumiu a representa��o ao deixar o comando do Itamaraty. Apesar do constrangimento, setores do Itamaraty consideraram que a postura do embaixador durante a sabatina, considerada arrogante pelos senadores, contribuiu para aumentar a m� vontade existente pelo fato de Guilherme ter trabalhado muito pr�ximo a Marco Aur�lio.

A situa��o ins�lita ainda est� sendo analisada pelo Minist�rio das Rela��es Exteriores, mas dificilmente o nome do embaixador ser� reapresentado para o mesmo cargo, j� que certamente seria rejeitado novamente. O governo deve ent�o escolher outro nome para a OEA. Enquanto isso, a representa��o continua apenas com um encarregado de neg�cios, como est� h� quatro anos, desde que o embaixador Ruy Casaes foi chamado de volta como retalia��o a uma decis�o da organiza��o de exigir a paralisa��o das obras da usina hidrel�trica de Belo Monte.

O futuro de Guilherme Patriota tamb�m � incerto. O embaixador pode ser indicado para um cargo que n�o precise passar por uma sabatina no Senado, como uma chefia consular, por exemplo, ou para uma embaixada sem tanta visibilidade, onde uma rejei��o n�o fosse politicamente t�o atraente para os senadores.