Levy coloca assessora do Congresso na Fazenda

Bras�lia - Cada vez mais acionado para resolver quest�es pol�ticas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, contratou como assessora a ex-secret�ria-geral do Senado Cl�udia Lyra Nascimento. A servidora chegou ao cargo no in�cio do m�s por indica��o do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Cl�udia j� circula pelos corredores do Congresso a servi�o de Levy, num momento em que o governo tenta emplacar seu ajuste fiscal. Uma das principais tarefas, no momento, � aprovar a medida provis�ria 665 no Senado. A MP que restringe acesso a seguro-desemprego e abono salarial deve ir ao plen�rio na quarta-feira, 20.

Analista legislativa do Senado desde 1981, ela foi secret�ria-geral de 2007 a 2014, abrangendo, entre outras, as gest�es Renan e Jos� Sarney (PMDB-AP). O cargo � uma esp�cie de bra�o direito do presidente do Senado.

Nas elei��es passadas, a servidora concorreu a uma cadeira de deputada federal pelo PMDB. Cl�udia n�o conseguiu se eleger. Um dia antes de ter sua nomea��o para a Fazenda publicada no Di�rio Oficial, no dia 6 passado, ela foi homenageada por Renan Calheiros em plen�rio. "Nos momentos mais tensos, mais dram�ticos desta Casa, Cl�udia, sempre sorridente, esteve firme em defesa do Brasil", elogiou o peemedebista.

Em a��o

Apesar de j� contar desde o in�cio do m�s com ajuda para suas tarefas de negocia��o pol�tica, Levy n�o deixou de trabalhar na �rea. Nesta ter�a-feira, 19, ele teve um t�pico dia de "negociador". Primeiro, teve de convencer agricultores familiares que protestam na porta do minist�rio a liberar sua entrada no pr�dio. O grupo reivindicava cr�dito, habita��o e investimento. Houve confus�o e empurra-empurra, mas Levy acabou passando.

Depois, o titular da Fazenda se dirigiu ao Itamaraty, onde foi servido um almo�o para a delega��o chinesa. Em um dos intervalos do compromisso, teve uma conversa com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

O magistrado ficou ao menos 20 minutos tentando convenc�-lo a conceder o reajuste do Judici�rio, que deve ser votado hoje na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a do Senado. "Agora n�o d�, agora n�o d�", repetia Levy. Depois, o ministro da Fazenda foi para o Congresso para negociar as propostas do ajuste fiscal.