
A Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que concede reajuste aos servidores do poder Judici�rio. Diante da press�o dos funcion�rios da categoria e de senadores, o governo foi derrotado na articula��o costurada desde a semana passada, de remeter a proposta para ser negociada na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE). Agora, o governo ser� obrigado a discutir mudan�as no texto diretamente em plen�rio, local em que a press�o pelo reajuste � tradicionalmente maior.
O texto, que j� havia passado sem alarde pela C�mara, foi aprovado em vota��o simb�lica, sem o registro de voto individual dos senadores. Sindicalistas e servidores do poder comemoraram a aprova��o da medida.
Em meio ao ajuste fiscal, a equipe econ�mica teme o impacto de R$ 1,5 bilh�o que a proposta causar�, caso o aumento comece a vigorar ainda neste 2015. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) , Ricardo Lewandowski, tem pressionado o governo federal para conceder o reajuste imediatamente, tendo inclusive conversado com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Durante a reuni�o, o l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (PT-MS), afirmou ter prevalecido o entendimento com os senadores e os sindicalistas para discutir a proposta no plen�rio. Nos bastidores, havia o receio de que a articula��o de mandar a proposta para a CAE, presidida por Delc�dio, fosse derrotada e, por isso, os governistas preferiram debat�-la no plen�rio.
Se o texto for alterado em plen�rio, a proposta ter� de voltar para a C�mara. Do contr�rio, seguir� para a san��o da presidente Dilma Rousseff.
Senadores elogiaram a a��o do governo de firmar o acordo. "H� a necessidade de repararmos essa reivindica��o que � justa", afirmou o senador Ricardo Ferra�o (PMDB-ES). "Eles (os servidores) resistiram �s dificuldades que passaram pela defasagem salarial", disse o l�der do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), para que essa falta de plano de carreiras - o �ltimo foi aprovado em 2006 - "incomoda e at� inviabiliza a atua��o desse poder".
Reservadamente, o Pal�cio do Planalto avalia que, mesmo n�o tendo conseguido levar o texto para a CAE, ganha tempo para negociar a proposta em plen�rio. O governo considera que n�o ser� uma mat�ria f�cil de passar porque h� um clima de "descontentamento" do Congresso com o Judici�rio.