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Estado de Minas

Congresso e governadores reclamam de ajuste e prop�em agenda de desenvolvimento


postado em 20/05/2015 17:37

Bras�lia, 20 - Em reuni�o promovida pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), congressistas e governadores fizeram cr�ticas nesta quarta-feira, 20, ao ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff e propuseram a ado��o de uma agenda legislativa paralela � do Executivo federal para retomar investimentos e desenvolver os Estados no momento de crise econ�mica.

Durante o encontro, a gest�o da petista foi alvo de uma s�rie de queixas e nenhuma defesa contundente, mesmo de correligion�rios presentes, como o governador do Piau�, Wellington Dias, que, no primeiro mandato Dilma, chegou a ser l�der do PT no Senado.

O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reclamou da paralisia de obras de parcerias p�blico-privadas, que pressup�em contrapartida financeira da Uni�o. "O governo se propunha a fazer PPPs e na realidade est� tudo parado, contratos j� assinados", disse, citando investimentos em linhas de metr� e todos os projetos de PPPs de hospitais. "N�o andou nada desde janeiro, j� estamos chegando no meio do ano", afirmou.

Falando em nome dos gestores do Nordeste, o governador da Para�ba, C�ssio Cunha Lima (PSB), afirmou que o ajuste comandado pela petista n�o pode paralisar as obras p�blicas no Pa�s. Ele disse que a regi�o passa h� quatro anos por uma crise h�drica, sendo necess�rios recursos para viabilizar obras que est�o em curso nos estados. "� importante que o ajuste fiscal n�o pode paralisar tantas e tantas obras", disse ele, um dos primeiros a falar.

Por sua vez, o governador do Mato Grosso, Pedro Traques (PDT), defendeu que os chefes dos Executivos estaduais sejam ouvidos na condu��o do ajuste da petista e que o governo federal informe onde ser�o feitos os cortes. "Precisamos desse ajuste sim, mas os estados, muitos deles, fizeram a sua parte. A Uni�o n�o fez a parte dela e sobra para os estados", afirmou.

Na vis�o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a inten��o de priorizar o cumprimento da meta de super�vit prim�rio � discut�vel. Para ele, � poss�vel avan�ar em demandas dos governos estaduais sem comprometer a disponibilidade de recursos da Uni�o. "Tem coisas que afetam mais a vis�o do super�vit prim�rio, que � uma vis�o discut�vel", disse. "Garantir fluxo, agilizar verbas e cumprir aquilo que est� na Constitui��o � uma coisa que n�o deveria nem ser palco de discuss�o, deveria ser autom�tica", defendeu.

Anfitri�o do encontro, o presidente do Congresso disse que o ajuste fiscal promovido pelos estados � muito mais efetivo do que o da administra��o federal, classificado por ele como meramente trabalhista e previdenci�rio. Para Renan, os governadores tamb�m querem "qualificar" o ajuste do governo federal.

O peemedebista aproveitou para alfinetar mais uma vez Dilma, com quem est� em rota de colis�o. "O que n�s lamentamos muito � que aquele Brasil de 2014, que era projetado, era apenas um Brasil para a campanha eleitoral", afirmou, ap�s reuni�o p�blica que reuniu governadores para debater o pacto federativo. "N�s estamos vivendo hoje a dura realidade de ajustarmos o pacto federativo".

Renan Calheiros destacou os senadores Jos� Serra (PSDB-SP) e Romero Juc� (PMDB-RR) e os deputados Danilo Forte (PMDB-CE) e Andr� Moura (PSC-SE) para conversarem com os governadores a fim de sistematizar as principais reivindica��es de interesse dos estados. Como resultado, v�o apresentar sugest�es de projetos que podem tramitar nas duas casas. Amanh�, Renan vai se reunir com o presidente da C�mara para apresentar uma pauta complementar com projetos que tratam dos interesses federativos.

Dizendo nem sequer ter sido consultado por Renan para a tarefa de conversar com os governadores, Jos� Serra disse que n�o h� uma inten��o de o Congresso criar um "governo paralelo". "O governo � insubstitu�vel. Isso � um drama no Brasil, quando temos um governo fraco, se torna cada vez mais fraco, porque vai perdendo o apoio pol�tico", disse o tucano. "Nunca o Congresso Nacional foi t�o forte para fazer as mudan�as que a federa��o necessita", afirmou ele, um dos mais elogiados no encontro por ter apresentado - e aprovado no Senado - uma proposta que permite a governadores usarem recursos dos dep�sitos judiciais para fazerem investimentos.


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