S�o Paulo e Bras�lia - A Pol�cia Federal tem elementos para apontar que o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque pode ter recebido obras de arte como pagamento de propina. Pelo menos tr�s quadros entre os 131 apreendidos na resid�ncia do ex-diretor indicado pelo PT, no Rio, em mar�o, teriam sido pagos pelo lobista da Engevix, Milton Pascowitch, preso nesta quinta-feira, 21, na 13ª etapa da Opera��o Lava-Jato.
"Esse � um mecanismo habitualmente usado para lavar dinheiro, s�o pagas com dinheiro em esp�cie. � um mercado n�o muito r�gido e muito f�rtil para lavagem de dinheiro", afirmou o delegado.
"Pelo menos tr�s casos j� foram identificados em que ele (Duque) escolheu quadro, comprou e solicitou que fosse pago pelo operador", disse o delegado.
Na casa de Pascowitch foram encontrados documentos de obras que estava registradas em nome do ex-diretor de Servi�os. Pascowitch e Duque s�o pe�as-chaves nas investiga��es que envolvem o ex-ministro Jos� Dirceu (Casa Civil) e sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria. Jamp e a pr�pria Engevix pagaram juntas R$ 2,6 milh�es ao ex-ministro Jos� Dirceu - tamb�m por servi�os de consultoria, entre 2008 e 2012.
A empresa de Dirceu est� sob suspeita de ter recebido dinheiro do cartel por consultorias frias. Ele prestou servi�os de "lobby internacional" para a Engevix Engenharia, uma das empreiteiras do cartel na Petrobras, sustenta a Lava-Jato. Os quadros apreendidos em outras fases da Lava-Jato est�o expostas no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.
A Opera��o Lava-Jato apreendeu um acervo total de 203 quadros. Nos primeiros pacotes j� entregues ao museu, apenas uma tela - da doleira Nelma Kodama - era r�plica.