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Estado de Minas

Operadores ligados a PT e PP s�o presos na 13� fase da Lava-Jato

Um dos detidos, Milton Pascowith, � acusado de ter repassado R$ 1,4 milh�o para a empresa do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu


postado em 21/05/2015 13:56

Curitiba - Operadores ligados ao PT e ao PP foram presos nesta quinta-feira na 13ª fase da Opera��o Lava-Jato: est�o detidos desde cedo o lobista Milton Pascowith e Henry Hoyer, respectivamente. Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, � preciso investigar o “lobby para o PT” porque isso ainda n�o est� claro para a Pol�cia Federal e integrantes da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico.

Pascowith, que atuava para v�rias empresas, entre elas a Engevix, repassou R$ 1,4 milh�o para a JD Consultoria, empresa do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu, de acordo com dados da Receita Federal. O vice-presidente da Engevix, G�rson Almada, afirmou que fez doa��es oficiais ao PT indicadas pelo lobista, inclusive para ter bom relacionamento com a Petrobras e o partido. “Por que esse filtro? Precisamos saber qual o objetivo dessas doa��es”, disse Carlos Fernando, em entrevista coletiva na manh� de hoje, na Superintend�ncia da PF em Curitiba. “Se s�o lavagem de dinheiro ou s� doa��es, ainda vamos ver.”

Em nota, a assessoria de Dirceu disse que o dinheiro para Pascowith se referia a servi�os para a Engevix, mas a empreiteira nega contratado os servi�os especificamente nesse caso. Almada disse que todos os pagamentos aos lobista eram atividades de representa��o, e n�o se tratava de propina. “O que ele chama de lobby, nos chamamos de corrup��o”, diz Carlos Fernando.

Em den�ncia apresentada � Justi�a, o Minist�rio P�blico disse que o ent�o tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto sabia que recebia doa��es eleitorais originadas em desvios da Petrobras. O petista virou r�u por lavagem de dinheiro.

Operador da oposi��o

As investiga��es da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico colidem com o argumento de parte dos deputados federais do PP de que n�o receberam dinheiro de corrup��o do esquema da Petrobras. O grupo que fazia oposi��o aos ex-l�deres da legenda na C�mara M�rio Negromonte (BA) e Jo�o Pizzolati (SC) e assumiu a sigla afirma que n�o poderia receber propinas porque a opera��o era feita pelo doleiro Alberto Youssef, que n�o tinha contato com eles. Mas, segundo o pr�prio doleiro e o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, o grupo dissidente tinha seu pr�prio operador: Henry Hoyer.

O procurador Carlos Fernando, ele atuava para a “ala do partido que havia se rebelado”. Essa ala tinha entre seus l�deres o deputado Aguinaldo Ribeiro (PB) e figuras como Jer�nimo Georgen (RS). Segundo o Minist�rio P�blico, o objetivo era minar inclusive a tentativa de Youssef tornar-se o sucessor do ex-deputado Jos� Janene (PR) na distribui��o do dinheiro.

Hoje, Hoyer foi alvo de um manado de buscas em seus endere�os em Itanhandu (MG), onde nada de importante foi encontrado, e no Rio de Janeiro. No Rio, os policiais apreenderam documentos e localizaram muni��o de calibre 45, de uso restrito, um rev�lver 38, uma winchester e uma garrucha, segundo delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF, Igor Rom�rio de Paula. Como n�o tinha registro das armas, Hoyer foi preso por porte ilegal de arma de fogo.

Obras de arte

A Pol�cia Federal identificou ainda que Pascowith repassava valores para o ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque por meio de obras de arte. Hoje, foram apreendidas 60 obras pela PF. Na casa do operador, foram 20 quadros e duas esculturas. Na casa de seu irm�o, Adolfo Pascowith, alvo de mandado de condu��o coercitiva e busca, foram 40 quadros. Adolfo acabou sendo ouvido em sua casa, em S�o Paulo, e foi liberado pela PF.

Segundo Igor, o ex-diretor indicava a obra de arte para o operador, que compra-a em esp�cie e repassava o quadro j� registrado para o nome do ex-diretor da Petrobras. O delegado afirma que tamb�m havia repasses de dinheiro vivo para Duque. Pascowith n�o atuava apenas para a Engevix. Segundo Carlos Fernando, havia outras empresas, como a UTC Engenharia.

Navios


A pris�o de Pascowith � mais um refor�o na inten��o da PF, revelada pelo Correio em janeiro, de investigar a fundo o mercado de navios e sondas para explora��o de petr�leo. Isso porque Pascowith atuava para estaleiros, como o ligado � Engevix, o ERG, no Rio Grande do Sul. Al�m disso, Paulo Roberto Costa disse que todas as diretorias – inclusive a de Explora��o e Produ��o – negociavam propina de 3% com as empreiteiras. Entretanto, n�o surgiram, ao menos at� o momento, provas ou simples acusa��es de que ex-diretores da �rea e explora��o tivessem recebido propinas


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