Porto Alegre, 22 - O economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo, disse que o contingenciamento anunciado nesta sexta-feira, 22, pelo governo veio "mais ou menos dentro do esperado", com o corte de R$ 69,9 bilh�es do Or�amento da Uni�o em 2015. "Eu gostaria que fosse maior, mais pr�ximo de R$ 80 bilh�es", falou.
Segundo Melo, chamou a aten��o positivamente o fato de o governo federal ter revisado para baixo a proje��o para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Pelos par�metros do decreto de contingenciamento, a expectativa passou de uma queda de 0,9% para um recuo de 1,2%, em linha com a expectativa de analistas econ�micos ouvidos para a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada na �ltima segunda-feira, 18. "As hip�teses para o desempenho da economia reveladas pelo governo durante o an�ncio (do contingenciamento) s�o razo�veis de forma geral. A previs�o que se refere ao crescimento � mais realista (do que a anterior), mas na pr�tica o resultado da economia brasileira pode ser ainda pior em 2015", afirmou.
Dada a perspectiva de atividade econ�mica em ritmo baixo ao longo do ano, Melo acredita que a previs�o de arrecada��o do governo federal ainda est� superestimada. "Me parece que a receita l�quida ainda pode ficar aqu�m do que est�o projetando. Eu diria que existe a grande chance de que fique aqu�m", disse. Nesse sentido, Melo n�o descarta a possibilidade de que o governo tenha de, mais adiante, anunciar um decreto de contingenciamento adicional com o objetivo de cumprir a meta de super�vit prim�rio de R$ 66,3 bilh�es (1,13% do PIB) para o setor p�blico consolidado.
"Eles est�o tirando 0,5 ponto porcentual do volume de despesas discricion�rias, na compara��o com o que foi feito em 2014. De fato est�o tentando fazer estas despesas voltarem ao n�vel 2013. A inten��o � boa, mas para entregar o prim�rio talvez precise de um pouco mais, at� porque ainda temos algumas incertezas com rela��o �s medidas (referentes ao ajuste fiscal) que est�o tramitando no Congresso", disse.
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Governo pode ter de fazer novo contingenciamento, diz economista da Icatu
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