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Estado de Minas

Ex-vice presidente da Camargo Corr�a diz em CPI que herdou pr�tica de propina

"Mais do que arrependimento, tenho uma profunda frustra��o profissional", declarou Eduardo Hermelino Leite, ex-vice-presidente da Camargo Corr�a


postado em 26/05/2015 11:31 / atualizado em 26/05/2015 12:10

Bras�lia - Deputados da CPI da Petrobras come�aram a ouvir na manh� desta ter�a-feira o depoimento de Eduardo Hermelino Leite, ex-vice-presidente da Camargo Corr�a. Falando em arrependimento, Leite disse que "lamentavelmente" participou do pagamento de propina a agentes p�blicos e privados e que hoje tem seu futuro profissional comprometido. "Mais do que arrependimento, tenho uma profunda frustra��o profissional", declarou.

Em suas primeiras palavras, o executivo disse que tinha 21 anos de Camargo Corr�a e que em 2009, ao assumir a diretoria de �leo e G�s da empresa, herdou um esquema preexistente, passado por seus antecessores. Ele relatou que os colegas haviam dito que o "cliente" (Petrobras) funcionava dessa maneira e que era dif�cil deixar tal "atividade". "Herdei uma pr�tica e tive de administr�-la, mantendo os procedimentos j� adotados", comentou.

Ao assumir a pr�tica de atos il�citos, Leite confirmou que manteve contato com os ex-diretores Renato Duque (Servi�os) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento) - e com o ex-deputado federal Jos� Janene (PP-PR) e os operadores J�lio Camargo, Alberto Youssef e Jo�o Vaccari Neto. "Eram operadores contumazes, que insistiam no pagamento dessas obriga��es", disse.

J�lio Camargo e Youssef foram chamados por ele de facilitadores de encontros com os diretores da Petrobras. O delator chegou a revelar, em oitiva � Justi�a Federal na semana passada, que foi procurado por Costa e Duque para pagar propina mesmo depois que eles deixaram os cargos na estatal.

Leite destacou que 1% do custo da obra era destinado ao pagamento de propina. "Esse custo era cobrado pela Petrobras, conforme o andamento da obra", contou. De acordo com ele, se n�o tivesse esse custo, os valores cobrados da estatal poderiam ter sido 2% menores, j� que era pago metade para cada diretoria.

Leite falar� apenas sobre os crimes relacionados ao esquema de corrup��o na Petrobras. O executivo, que cumpre pris�o domiciliar e renunciou ao direito de ficar em sil�ncio, � ouvido na condi��o de investigado.


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