
O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves, criticou nesta ter�a-feira, o distrit�o, sistema eleitoral inclu�do na reforma pol�tica por demanda do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O tucano disse que far� apelo �s lideran�as do PSDB no Congresso para se opor � proposta de Cunha. "Re�no agora os l�deres e vice-l�deres do meu partido para que a minha posi��o e a posi��o formal do PSDB (seja) contra o distrit�o, que tem por consequ�ncia a fragiliza��o definitiva dos partidos pol�ticos e a individualiza��o do exerc�cio do mandato", disse. "N�o parece que uma reforma pol�tica que venha com esse nome de reformar e reformar para melhorar possa permitir um retrocesso dessa dimens�o", afirmou.
No distrit�o, deputados e vereadores mais votados em cada Estado e munic�pios seriam eleitos, sem a transfer�ncia de voto dentro dos partidos ou voto de legenda nas elei��es proporcionais. A cr�tica � que esse modelo, existente em poucos pa�ses - como o Afeganist�o -, estimularia o personalismo, concentrando votos em candidatos famosos e com mais recursos para publicidade, enfraquecendo os partidos e a representa��o de minorias no Congresso.
A�cio participou na tarde desta ter�a-feira da Marcha dos Prefeitos, onde foi recebido sob aplausos e criticou a presidente Dilma Rousseff, que n�o comparecer� ao evento por cumprir agenda no M�xico. Segundo ele, Dilma est� "sitiada" e sem di�logo com os munic�pios, o que a levou a evitar o encontro com os prefeitos.
Misto
O tucano, derrotado nas elei��es presidenciais do ano passado, defendeu o modelo eleitoral distrital misto. Essa vers�o combinaria o sistema distrital, com a vit�ria dos mais votados por regi�o, com o proporcional, mantendo o voto em partido. Segundo A�cio, o PSDB deve fazer frente ao distrit�o defendendo o modelo misto. "Estou fazendo um apelo ao PSDB que, se n�o for aprovado o distrital misto, que se coloque contra o distrit�o", disse.
A�cio evitou o confronto direto com o presidente da C�mara ao ser questionado se concordava com os cr�ticos de Cunha, que o chamaram de autorit�rio por encerrar a comiss�o mista que discutia a reforma para votar a mat�ria de forma fatiada diretamente no plen�rio da C�mara. "Ele defende as posi��es dele, tenho de respeitar e defender as nossas. Por isso, estou sendo muito expl�cito em rela��o � quest�o do distrit�o, que acho que resolve individualmente o que alguns parlamentares acham que tem de ser resolvido", disse. O PSDB tem se aproximado de Cunha em mat�rias que contrariam os interesses do governo.
No ato com prefeitos na capital federal, A�cio defendeu tamb�m o financiamento de campanha por empresas privadas. Segundo ele, � preciso apenas regular a maneira como as doa��es ocorrem, com limites de recursos destinados apenas aos partidos e n�o aos candidatos. "A gente n�o pode cair nesse conto de que o financiamento jur�dico � o sinal definitivo de corrup��o. Acho que temos de estabelecer os par�metros, que seja esclarecido para a sociedade o financiamento jur�dico, que me parece o mais adequado", afirmou.