S�o Paulo, 29 - A Central �nica dos Trabalhadores (CUT) promoveu nesta sexta-feira, 29, o Dia Nacional da Paralisa��o contra a projeto de lei da terceiriza��o, as Medidas Provis�rias 664 e 665, e o ajuste fiscal promovido pelo governo federal.
As manifesta��es atingiram todos os Estados do Pa�s, segundo a central sindical, e antecedem uma poss�vel greve geral caso n�o consigam reverter as mudan�as trabalhistas e previdenci�rias em discuss�o.
Os Estados mais envolvidos foram S�o Paulo, Porto Alegre, Cear�, Salvador e Pernambuco. Na capital paulista, ruas e avenidas foram interditadas em v�rias regi�es como Avenida Paulista, S�, Ponte das Bandeiras, Santo Amaro e Largo do Socorro.
Ainda na capital paulista, funcion�rios e estudantes da Universidade de S�o Paulo (USP) reivindicaram melhorias salariais em ato do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp).
Manifestantes que estavam em frente ao port�o principal da universidade tentaram bloquear a Rodovia Raposo Tavares e foram reprimidos pela Pol�cia Militar, que atirou bombas de efeito moral e balas de borracha. Durante o confronto, um policial militar usou spray de pimenta e deu um soco no rosto de uma estudante de Letras da universidade. Cinco pessoas ficaram feridas e um aluno de Ci�ncias Sociais foi detido.
No ABC, 55 mil pessoas participaram das manifesta��es. Deste n�mero, 20 mil metal�rgicos e funcion�rios das ind�strias locais. De acordo com o Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Jos� dos Campos, 14 mil trabalhadores participaram de protestos nesta manh�. A assessoria do sindicato informou que houve paralisa��o de 24 horas na General Motors, Avibras, TI Automotive, MWL e Blue Tech. Al�m disso, houve atraso de tr�s horas na entrada do primeiro turno da Embraer.
Em Recife (PE), 11 dirigentes sindicais foram detidos em manifesta��o no Porto de Suape, na regi�o metropolitana da cidade. Al�m do complexo portu�rio, as paralisa��es atingiram os �nibus e metr�s da capital pernambucana. Entre os detidos est�o Jos� Cavalcante, diretor da CUT e secret�rio de Finan�as do Sindicato dos Metal�rgicos de Recife. A central sindical divulgou nota contra a a��o policial considerada violenta. �Essa pr�tica nefasta aconteceu durante a ditadura militar, onde trabalhadores e estudantes eram espancados covardemente em manifesta��es. Aqui em Pernambuco est� se tornando uma rotina�, disse o presidente da CUT-PE, Carlos Veras.
Houve ainda paralisa��es no transporte p�blico em diversas capitais, como Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS).