Bras�lia, 31 - Um ano e meio depois de o Tribunal Superior Eleitoral rejeitar o primeiro pedido de registro de cria��o da Rede Sustentabilidade, o grupo pol�tico da ex-ministra Marina Silva deve estrear na urna eletr�nica em 2016 na condi��o de "nanico".
Contratado como advogado do partido, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sep�lveda Pertence apresentou ao tribunal na quinta-feira as 50 mil assinaturas, devidamente certificadas, que faltaram em 2013 para que a Rede alcan�asse as 492 mil exigidas pela lei. Quando sair do papel, a nova legenda contar� com uma estrutura pequena, or�amento espartano e pouca milit�ncia. No melhor cen�rio tra�ado pelos pr�prios dirigentes, a Rede ter�, no m�ximo, tr�s deputados federais e um senador.
De acordo com a nova legisla��o eleitoral do TSE, aprovada na minirreforma eleitoral de 2013, os novos partidos ter�o direito a apenas 0,15% dos recursos do Fundo Partid�rio reservados a todos os partidos.
Segundo levantamento do Estad�o Dados, isso significa que a Rede contar� com R$ 1,3 milh�o para gastar em 2015. Para efeito comparativo, esse valor � menor do que o or�amento anual do radical Partido da Causa Oper�ria (PCO), que conta com R$ 1,4 milh�o em caixa e nunca elegeu um deputado. Isso deve acontecer porque, como o novo partido n�o existia na �ltima elei��o, n�o recebeu votos. Logo, s� ter� direito � parcela dos recursos divididos entre todas as legendas existentes.
Com quatro deputados em sua bancada, o PSOL contar� com R$ 15 milh�es. J� PT e PMDB ter�o direito a R$ 108 milh�es e R$ 89 milh�es, respectivamente. "Faremos a diferen�a com a nossa atua��o. A Rede surgir� como a primeira organiza��o n�o governamental do planeta que se transformar� em partido. Por mim, acabariam o Fundo Partid�rio e o tempo de TV. O dinheiro estragou os partidos", minimiza o deputado Miro Teixeira (PROS-RJ). Decano da C�mara, ele ser� o principal nome da Rede na Casa.