Bras�lia, 01 - Na imin�ncia de uma defini��o sobre a legalidade do financiamento empresarial de campanhas eleitorais - tema que est� em discuss�o tanto no Congresso quanto no Supremo Tribunal Federal (STF) -, o ministro Gilmar Mendes, da Corte, avalia que os desvios de contratos da Petrobras j� s�o "um financiamento p�blico heterodoxo". Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mendes afirma temer a institucionaliza��o do caixa 2.
"Se n�s adotarmos um modelo de doa��es privadas de pessoas f�sicas com teto relativamente alto, muito provavelmente vamos ter um sistema de laranjal implantado. � razo�vel isso?", questionou o ministro.
Na avalia��o do ministro, � muito prov�vel que outras decis�es do governo continuem sendo analisadas pelo Supremo. "Tivemos esse caso do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), de a��es restritivas de cr�dito e redesenho de uma pol�tica p�blica. Certamente vamos ter debates aqui sobre medidas do chamado ajuste fiscal envolvendo as a��es do governo e do Congresso.
Mendes tamb�m fez compara��es entre a opera��o Lava Jato, que investiga irregularidades na Petrobras, e o mensal�o. "O que se vem revelando � algo muito mais s�rio do que o mensal�o, que, aparentemente, funcionou concomitantemente com o mensal�o e por um per�odo alongado. Fico com a sugest�o de que esse � um modo de lidar com o dinheiro p�blico, de como se entende a forma de governan�a. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.