S�o Paulo, 02 - Os ex-deputados Andr� Vargas (sem partido-PR) e Luiz Arg�lo (afastado Solidariedade-BA), presos na Opera��o Lava Jato em abril, inclu�ram o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, no rol de testemunhas de defesa, nos processos que respondem por envolvimento por suspeita de envolvimento em um esquema de corrup��o e lavagem de dinheiro il�cito de contratos de publicidade com �rg�os p�blicos federais.
Ao todo, a defesa de Andr� Vargas pediu a intima��o de 7 pessoas em documento entregue � Justi�a Federal, como resposta �s acusa��es. "N�o obstante uma trajet�ria de vida escorreita, dedicada a atender os anseios e expectativas da sociedade brasileira, est� sendo acusado nesta A��o Penal pelo Minist�rio P�blico Federal de crimes que n�o cometeu", afirma a defesa. "Andr� Lu�s Vargas Il�rio � pessoa da mais alta estima e respeitabilidade social. Natural da cidade de Londrina-PR, dedicou sua vida ao trabalho e � milit�ncia pol�tica em seu estado."
O Minist�rio da Justi�a n�o comentou o pedido de Vargas. O documento de 50 p�ginas � subscrito pelos criminalistas Nicole Trauczynski, Fernanda Ferreira da Rocha Loures, Caio Marcelo Cordeiro Antonietto e Rafael Guedes de Castro e n�o explica o motivo de Cardozo ter sido arrolado. Vargas, enquanto deputado, foi secret�rio de Comunica��o do PT e vice l�der do partido na C�mara. Ele foi cassado em 2014 e expulso do partido.
A defesa do ex-deputado questionou intercepta��es telef�nicas e telem�ticas feitas pela PF durante as investiga��es. Segundo os advogados, houve 'usurpa��o de compet�ncia do Supremo Tribunal Federal pela deliberada oculta��o da descoberta de ind�cios de crime relacionados a parlamentares federais no curso dos procedimentos'.
"O que houve foi, em tese, a deliberada oculta��o das autoridades que atuaram no caso da identidade dos interlocutores, a fim de manter o procedimento sob a jurisdi��o desse MM. Ju�zo e usurpar a compet�ncia do Supremo Tribunal Federal", afirma a defesa.
"Para tanto, basta simples leitura das mensagens trocadas entre Alberto Youssef e os deputados Andr� Vargas e Luiz Argolo, muitas delas qualificadas como suspeitas nos relat�rios elaborados pela autoridade policial, para se concluir que, quando da deflagra��o da fase ostensiva da opera��o Lava Jato, as autoridades que participaram da investiga��o j� tinham pela ci�ncia de que L.A. e Andr� Vargas eram parlamentares."
Segundo a for�a-tarefa da Lava Jato, a ag�ncia de publicidade Borghi Lowe, que administrava contas publicit�rias de entidades p�blicas como a Caixa Econ�mica Federal e o Minist�rio da Sa�de, teria contratado servi�os de empresas para a realiza��o de servi�os de publicidade para as entidades p�blicas, e as orientado a realizar pagamentos de comiss�es de b�nus de volume nas contas de empresas controladas por Andr� Vargas e seus irm�os.
"Nenhum elemento indici�rio colhido nos autos � capaz de demonstrar que tipo de a��o o acusado Andr� Vargas praticou perante o Minist�rio da Sa�de ou a Caixa Econ�mica Federal para viabilizar a contrata��o da empresa Borghi Lowe, repita-se, precedidas de processos licitat�rios cuja legalidade jamais foi questionada. N�o � por outra raz�o que a den�ncia n�o narra a conduta em todas suas circunst�ncias, demonstrando-se inepta", afirma a defesa.