Porto Alegre, 04 - Os servidores municipais de Porto Alegre devem voltar ao trabalho nesta sexta-feira, dia 5, ap�s 15 dias de paralisa��o. Ao longo das �ltimas duas semanas, os representantes da categoria negociaram com a Prefeitura uma s�rie de reivindica��es salariais.
A decis�o de retomar as atividades ocorreu na noite desta quarta-feira (3) em uma assembleia movimentada. De acordo com o Sindicato dos Municip�rios de Porto Alegre (Simpa), depois de tr�s rodadas de vota��o, o resultado foi de 589 votos a favor da suspens�o da greve e 529 pela continuidade da paralisa��o. Antes da assembleia, os diretores do Simpa ficaram reunidos por mais de tr�s horas com o vice-prefeito da capital ga�cha, Sebasti�o Melo, para levar � categoria as �ltimas propostas da administra��o municipal.
O principal ponto de diverg�ncia era o corte na folha de pagamento relativo ao per�odo da paralisa��o. A maioria dos servidores decidiu aceitar a oferta do Executivo municipal de reposi��o dos sal�rios ap�s a compensa��o dos dias parados. Tamb�m houve acordo quanto ao reajuste salarial de 8,17%. A Prefeitura manteve a proposta de parcelar o aumento, mas antecipou o calend�rio de pagamento da �ltima fatia - desta forma, os servidores v�o receber 4% de reajuste imediato, 2% em dezembro e 1,97% em janeiro (e n�o em mar�o, como o Executivo sugeria inicialmente).
Nos �ltimos dias as duas partes j� haviam chegado a um acordo sobre um terceiro item de discuss�o, que diz respeito � reformula��o do pagamento de gratifica��o dos servidores. A administra��o municipal retirou da C�mara de Vereadores um projeto de lei que modificava o estatuto e o plano de carreira dos servidores do munic�pio, o que, segundo os trabalhadores, poderia causar perdas de direitos e diminui��o de sal�rios. A Prefeitura aceitou reformular o projeto.
De acordo com a diretora de Comunica��o do Simpa, Carmem Padilha, cerca de 70% dos 18 mil servidores municipais na ativa estavam em greve, mas na educa��o a ades�o seria de at� 90%. A Prefeitura admite que parte das escolas municipais e dos centros de assist�ncia social teve servi�os comprometidos. O fim da greve permitir� a retomada das atividades, mas ser� necess�rio estender o calend�rio escolar para repor os dias letivos.