Durante discurso no encerramento do F�rum de Ministros da Agricultura na Expo Mil�o 2015, nesta sexta-feira, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) defendeu que os governos assumam sua responsabilidade no combate � fome, aliada a uma estrat�gia que integre a prote��o social e o apoio � agricultura. No in�cio do pronunciamento, o ex-presidente disse que acabar com a fome era um de seus principais objetivos ao assumir o Brasil, em 2002.
"Era simplesmente inexplic�vel que, num Pa�s t�o rico em recursos naturais e humanos, 50 milh�es de pessoas, quase um ter�o da popula��o, vivessem abaixo da linha de pobreza, sujeitas � fome em pleno S�culo XXI", disse, numa cr�tica indireta aos dirigentes anteriores, incluindo o tucano Fernando Henrique Cardoso.
Ao falar de suas realiza��es na Presid�ncia, Lula destacou que o Programa Fome Zero e Programa Bolsa Fam�lia foram parte fundamental dessa sua luta contra a fome e a mis�ria. Al�m disso, citou que em 12 anos (suas duas gest�es e a de Dilma Rousseff) o cr�dito rural foi ampliado de R$ 22 bilh�es para R$ 180 bilh�es, cerca de 60 bilh�es de d�lares, dobrando praticamente a produ��o de gr�os no Pa�s.
"A grande not�cia que tivemos, em 2014, foi a declara��o, pela FAO (a Organiza��o das Na��es Unidas para Agricultura e Alimenta��o, ou FAO na sigla em ingl�s), de que o Brasil n�o est� mais no Mapa da Fome. Ter alcan�ado essa conquista, no espa�o de apenas uma d�cada, � motivo de orgulho para toda uma gera��o de brasileiros", disse o ex-presidente da Rep�blica.
Neste F�rum, foi divulgada a "Carta de Mil�o" com �nfase para a defesa do acesso � �gua, alimentos saud�veis e energia para todos no planeta. Lula disse que o documento ir� contribuir para a constru��o de uma consci�ncia global sobre a seguran�a alimentar. E que melhorar a vida nos pa�ses pobres n�o afeta somente as pessoas dessas localidades, mas todas as na��es.
Em seu discurso, Lula defendeu ainda maior coopera��o para o desenvolvimento da agricultura e a erradica��o da fome na �frica. "Eu tenho a convic��o de que a �frica, recebendo os est�mulos justos e necess�rios, pode deixar de ser um continente ainda marcado pela fome para se tornar um dos celeiros do mundo. Deixar de ser um problema para se tornar uma grande solu��o."