A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista a uma emissora de televis�o francesa que vai lutar "at� o fim" para mostrar que ela n�o tem envolvimento com o esquema de desvios na Petrobras investigado pela Opera��o Lava-Jato. � France 24, Dilma que � "imposs�vel" que esteja envolvida nas den�ncias e defendeu que o esquema n�o deve ser tratado como "esc�ndalo da Petrobras" e, sim, como "esc�ndalo de determinados funcion�rios da Petrobras".
Durante a entrevista ao canal de not�cias franc�s, exibida nesta segunda-feira, a presidente foi questionada sobre a hip�tese de a investiga��o chegar � conclus�o de que ela sabia ou estava envolvida no esquema. Ent�o, o jornalista franc�s questiona se, nesse cen�rio, a presidente estaria disposta a encarar todas as consequ�ncias. "Eu n�o estou ligada. Eu n�o respondo a essa quest�o, porque eu n�o estou ligada. E eu sei que n�o estou ligada", disse.
"� imposs�vel. Eu lutarei at� o fim para mostrar que n�o estou ligada. Eu sei o que eu fa�o. Eu tenho uma hist�ria por tr�s de mim nesse sentido. N�o � quest�o de 'se'. Eu n�o estou ligada", completou.
Dilma disse ainda que h� tratamento diferente entre a rela��o das empresas envolvidas no esquema com o Partido dos Trabalhadores e os demais grupos pol�ticos. Segundo Dilma, "todos as campanhas" feitas no Brasil t�m contribui��o das companhias citadas. "E por que s� a minha foi destacada?", questionou a presidente. "Est�o tentando envolver a minha campanha", disse e complementou: "N�o existe nenhum ind�cio que o prove. N�o s� em 2010, mas tamb�m em 2014. Todos os candidatos que concorreram comigo receberam dinheiro dessas empresas de forma legal".
A presidente afirmou ainda que pessoas que est�o presas por envolvimento no esquema foram demitidas no in�cio de 2012. Dilma fez refer�ncia a ex-gestores da Petrobras, entre eles os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Servi�os). Al�m deles est�o envolvidos ainda o ex-diretor Nestor Cerver� (Internacional), preso em Curitiba, e o ex-gerente da diretoria de Servi�os Pedro Barusco, um dos delatores do esquema.
"A Petrobras tem mais de 30 mil empregados e tem cinco envolvidos. O esc�ndalo n�o � o esc�ndalo da Petrobrss, � de determinados funcion�rios de alto n�vel da Petrobras", afirmou a presidente. Dilma citou que o esc�ndalo diz respeito a funcion�rios da estatal que se articularam com empresas e partidos para obter vantagens. Esse problema, emendou, n�o afeta necessariamente todas as empresas, nem todos os partidos ou todos os integrantes dos partidos.
A entrevista foi concedida em raz�o dos preparativos da reuni�o de c�pula entre a Uni�o Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que ser� realizado entre quarta e quinta-feira, em Bruxelas, na B�lgica.
Questionada sobre se "assumiria suas responsabilidades" - uma express�o que em franc�s equivale a "demitir-se" - caso seja provado seu eventual envolvimento em corrup��o. Dilma se mostrou irritada e protestou. "Eu n�o tenho nada a ver. Eu n�o respondo a essa quest�o porque sei que n�o tenho nada a ver", afirmou.