Lobista da SBM fecha acordo de dela��o premiada no Minist�rio P�blico

O ex-lobista da construtora de navios SBM Offshore J�lio Faerman fechou acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico Federal. A empresa admitiu que, por meio do ex-representante, pagou US$ 139 milh�es em propinas para funcion�rios da Petrobras. O lobista conseguiu nessa segunda-feira (8) um habeas corpus para ficar em sil�ncio perante a CPI da Petrobras na ter�a-feira pela manh�.

O acordo come�ou a ser tratado na Procuradoria da Rep�blica no Rio de Janeiro j� em meados de abril, segundo apurou o Correio, com o apoio do escrit�rio Moraes Pitombo. Em 12 de maio, a defesa selou o pacto com a Procuradoria. Faerman dever� confessar participa��o em esquemas de corrup��o, indicar novas provas e pessoas envolvidas. A reportagem n�o conseguiu apurar qual o valor que eventualmente ele negociou devolver sob a forma de multas e bens. Em troca, o lobista obt�m a promessa de ter uma puni��o menor do Judici�rio. A dela��o premiada de Faerman ainda precisa ser homologada pela Justi�a.

A SBM admite que pagou US$ 139 milh�es em propinas a funcion�rios da Petrobras por meio de Faerman, mas at� hoje n�o se sabe quem recebeu o dinheiro. A empresa holandesa fez um acordo com o Minist�rio P�blico Holand�s e se prop�s a pagar US$ 240 milh�es em multas para encerrar uma investiga��o por corrup��o em v�rios pa�ses.

Por causa do acordo de dela��o ainda n�o homologado, a defesa de Faerman preferiu manter o sil�ncio na CPI. A reportagem n�o conseguiu falar com o advogado Ant�nio S�rgio Moraes Pitombo. Pela decis�o da ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, o lobista pode ficar calado na comiss�o, n�o se comprometer a dizer a verdade e n�o ser preso por causa disso.

A SBM ainda negocia um acordo e leni�ncia na Controladoria Geral da Uni�o (CGU). O objetivo � n�o ser impedida de fechar neg�cios com o governo. A Petrobras tem cerca de US$ 27 bilh�es em contratos com a fornecedora de navios holandesa.

Morte

Morreu o executivo Jo�o Alberto Lazzari, da OAS, r�u em processos criminais da Lava-Jato. Hoje, a defesa pediu a extin��o da puni��o.

Ainda na segunda-feira CPI tomou sete depoimentos, mas nenhum deles trouxe informa��es relevantes para a investiga��o. O engenheiro Heleno Lira, gerente na refinaria de Abreu e Lima, disse que ficou “triste e indignado” com as den�ncias de pagamento de propina e superfaturamento na Petrobras.