PT prega "reinven��o do mercado" e defende cria��o de mais bancos p�blicos

Bras�lia, 09 - Al�m do modelo de uma frente popular para as elei��es de 2018 - o que pode encobrir a sigla PT, hoje sob o estigma dos esc�ndalos de corrup��o - o partido vai defender durante seu 5� Congresso, em Salvador, a cria��o de novos bancos p�blicos para financiamento da produ��o e a reforma do Estado.

Documento interno obtido pelo Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, tamb�m destaca a necessidade de "reinven��o do mercado", que passaria pelo fortalecimento de cadeias produtivas regionais. Modelo semelhante foi tentado na primeira gest�o de Lula na Presid�ncia, quando o ent�o presidente do BNDES Carlos Lessa buscou implantar a pol�tica de cadeias produtivas no processo de concess�o de financiamentos do banco. A estrat�gia n�o surtiu o efeito esperado.

"O Estado precisa reconstituir-se fundamentalmente para o verdadeiro mar que organiza os micro e pequenos neg�cios no Pa�s, com pol�ticas de organiza��o e valoriza��o do setor por meio da cria��o de bancos p�blicos de financiamento da produ��o e comercializa��o, fundos de produ��o e difus�o tecnol�gica e de assist�ncia t�cnica e de compras p�blicas", diz a proposta, que ser� apresentada pela chapa da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majorit�ria no PT, como resolu��o final do encontro.

O 5� Congresso do PT ser� aberto na quinta-feira, 11, pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e ir� at� s�bado, em Salvador. A presidente Dilma Rousseff comparecer� apenas no encerramento do encontro, pois viajou nesta tarde para Bruxelas, onde participar� da C�pula Celac/Uni�o Europeia.

O documento que deve ser aprovado pelo PT em Salvador prop�e, ainda, uma reorganiza��o das pol�ticas p�blicas, mas n�o d� detalhes de como esse modelo poderia funcionar. "Enquanto o Estado funciona na forma de caixinhas setoriais (educa��o, sa�de, trabalho, entre outros) e regionais, os problemas atuais tornam-se cada vez mais complexos e totalizantes, incapazes de serem superados pela l�gica de organiza��o p�blica em partes que n�o se comunicam", diz um trecho da Carta de Salvador.

Para o grupo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o Estado perdeu capacidade de financiar o modelo de desenvolvimento e, apesar do esfor�o do governo para manter o ritmo da economia, com subs�dios fiscais e eleva��o dos juros, o resultado foi aqu�m do esperado. "O 'esp�rito animal' do capital industrial n�o despertou, apesar da ampla pol�tica de desonera��es", afirma o texto.