Bras�lia, 10 - O ministro da Defesa, Jaques Wagner, n�o acredita que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ser� "crucificado" pelo Congresso Nacional do PT, que come�ar� nesta quinta-feira, 11, em Salvador (BA). "Ele n�o vai ser nem Judas, nem Cristo", disse o ministro, repetindo a tese da presidente Dilma Rousseff que, ao ser indagada pelo jornal O Estado de S. Paulo em entrevista exclusiva no Pal�cio da Alvorada no �ltimo domingo, 07, afirmou que Levy n�o podia ser responsabilizado pelas medidas do ajuste fiscal porque elas representavam uma decis�o presidencial.
"Quem tomou a decis�o da pol�tica econ�mica chama-se Dilma Rousseff, que convocou seu time, inclusive ele (Levy), para cumprir a miss�o do que ela achava que era preciso ser feito. Levy n�o est� fazendo nada da cabe�a dele. Ele � um bom operador, qualificado, com credencial, com credibilidade. Mas tudo � decido por ela, com a equipe econ�mica, mas por ela", ressaltou Jaques Wagner.
O ministro da Defesa ressalvou, no entanto, que haver� debate no congresso da sigla porque "o PT n�o � um partido de uma nota s�, n�o � monoc�rdico". Para ele, "ningu�m pode querer que o partido seja ordem unida, soldadinho de chumbo" porque, no PT, "todo mundo tem sua opini�o mas, o importante � que, dentro desta diversidade de opini�es, tem algu�m que comanda, que � a presidente da Rep�blica".
Ele lembrou, no entanto, que "como as decis�es do partido n�o s�o tomadas entre quatro paredes, � claro que tem torcida do lado de fora que est� doido para o circo pegar fogo". Mas assegurou, no entanto, que "n�o tenham d�vida que, de ampla maioria, a posi��o ser� de fortalecimento do governo".
As declara��es do ministro Jaques Wagner foram dadas em duas ocasi�es. A primeira, na inaugura��o da maquete do ca�a sueco Gripen NG, comprado pelo Brasil. A segunda, ap�s a cerim�nia de condecora��o de 132 autoridades, no Clube da Aeron�utica, em comemora��o aos 16 anos de cria��o do Minist�rio da Defesa.