Bras�lia, 11 - O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), deixou a reuni�o da comiss�o pouco antes do t�rmino dizendo que sua miss�o do dia havia sido cumprida. Entre as miss�es do peemedebista estavam a aprova��o de acarea��es, quebras de sigilo e a convoca��o do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
Motta disse considerar a convoca��o de Okamotto como oportuna. "As den�ncias sobre o Instituto Lula s�o muito fortes. Ningu�m melhor que Paulo Okamotto para explicar o porqu� dessas doa��es", argumentou o peemedebista.
Os petistas deixaram a sess�o reclamando do atropelo na vota��o e acusando o PMDB de por em discuss�o apenas convoca��es seletivas. Personagens como J�lio Camargo, da Toyo Setal, e Jayme de Oliveira Filho, conhecido como Careca, que aparecem nas investiga��es da Opera��o Lava Jato apontando o envolvimento de peemedebistas ilustres no esquema de corrup��o, ficaram de fora das convoca��es. "Fica evidenciado que foi uma sele��o", reclamou o relator Luiz S�rgio (PT-RJ).
Motta disse que priorizou os requerimentos considerados mais importantes por quem "entende da investiga��o", como acarea��es e quebras de sigilo. "Eles podem at� ser prioridades, mas muito mais prioridade s�o as acarea��es e quebras de sigilo", desconversou.
Luiz S�rgio lamentou a convoca��o de Okamotto e lembrou que a Camargo Corr�a tamb�m doou recursos para o Instituto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Essa � uma evid�ncia clara de querer partidarizar o processo de disputa", comentou o petista. O relator tamb�m criticou a aprova��o de mais de 100 requerimento de "maneira t�o dispersa para se contrapor a um congresso de um partido".
O vice-presidente da CPI, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), considerou "excelente" a vota��o da CPI, em especial a convoca��o de Okamotto. "Acho at� que interessa ao ex-presidente Lula vir aqui e explicar", sugeriu.
A��o casada
A sess�o da CPI, que aprovou 140 requerimentos na manh� desta quinta-feira, 11, foi marcada por uma breve obstru��o do PT e pela a��o orquestrada entre Motta e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na CPI, a oposi��o conseguiu se sobrepor � a��o dos petistas e imp�s a vota��o em conjunto de todos os requerimentos. Como a ordem do dia no plen�rio havia come�ado com a retomada da discuss�o sobre a Reforma Pol�tica, a CPI estava impedida de prosseguir a vota��o. Com o argumento de se reunir com os l�deres partid�rios, Cunha suspendeu a sess�o por alguns minutos no plen�rio, o que permitiu a finaliza��o da vota��o na CPI.
"O presidente Eduardo Cunha tem dado uma din�mica na Casa e na CPI aqui temos uma din�mica intensa, ent�o �s vezes tem de fazer um tipo de sincronia para que uma n�o atrapalhe a outra. Talvez tenha acontecido isso", declarou Imbassahy.